Incêndios em Portugal

Marcelo segue exemplo de Montenegro e cancela visita a Espanha

O Chefe de Estado disse, contudo, que vai manter-se afastado dos incêndios, como definido pelas autoridades, por mais que sinta uma “obrigação moral” de estar presente.

Rita Carvalho Pereira

O Presidente da República revelou, esta segunda-feira, que vai cancelar uma visita que tinha marcada a Espanha, na quarta-feira, para acompanhar a situação dos incêndios em Portugal. O anúncio foi feito esta noite, na sede da Proteção Civil, ao lado do primeiro-ministro.

“Estou a acompanhar aquilo que vi que era a decisão do primeiro-ministro", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que Luís Montenegro cancelou a agenda que tinha para esta segunda e para terça-feira.

“Cancelarei uma deslocação que tinha a Espanha depois de amanhã, precisamente por entender que há uma preocupação que está em curso”, adiantou o Presidente.

Agradecimento aos portugueses, a quem responde aos fogos e à UE

O Chefe de Estado fez questão, esta segunda-feira, de deixar uma primeira palavra “de agradecimento e solidariedade” à população atingida pelos fogos, sublinhando como enfrentaram uma “situação repentina” e assustadora, mas “acataram as indicações das autoridades”.

Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu também àqueles que estão a responder aos incêndios, falando num “esforço imenso” da Proteção Civil e dos bombeiros.

O Presidente da República não deixou também de agradecer à União Europeia, pela “maneira como respondeu ao pedido do governo português” e ativou o mecanismo europeu de Proteção Civil. Um agradecimento que estende aos governos dos países “que disponibilizaram imediatamente meios aéreos” - são eles Espanha, França, Itália e Grécia.

Não vai intervir “onde não deve nem é chamado”

Marcelo Rebelo de Sousa frisa que o país aprendeu com o passado e que, nesta altura, o processo de combate aos incêndios está ainda “em curso”. Por isso, diz, vai seguir a “orientação definida há muito” de não ir ao terreno, aos locais que estão a ser atingidos pelos fogos.

“Por muito que as autoridades políticas queiram ou sintam quase uma obrigação moral de ir mais perto daquilo que se passa, para respeitar aquilo que estão a fazer os operacionais, devem acompanhar tudo o que se passa, mas não intervirem onde não devem nem são chamadas”, concluiu.

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