"Há muita divisão, interesses diferentes, mas [a crise] converteu-se num pesadelo, numa tragédia para o povo sírio, numa ameaça para a região e numa ameaça de terrorismo para todo o mundo", declarou Guterres à televisão francesa France 24.
Por isso mesmo, sublinhou que tem a esperança "de que os países que têm influência sobre a Síria possam esquecer o que os divide e os seus interesses diferentes para parar com esta guerra".
O responsável português considerou que a guerra na Síria "deve ser uma prioridade" e recordou que o mundo está "em dívida" para com o país, que durante anos acolheu milhões de refugiados iraquianos e palestinianos.
"O secretário-geral da ONU não pode parar uma guerra. Mas com uma enorme determinação, paciência e vontade pode fazer esforços de persuasão para que os atores desta crise possam trabalhar juntos para acabar com ela", realçou.
O antigo primeiro-ministro português foi aclamado na quinta-feira como novo secretário-geral das Nações Unidas, numa sessão da Assembleia-geral da ONU que ratificou a escolha feita pelo Conselho de Segurança em 05 de outubro.
Reunido em plenário, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o órgão que agrega os 193 Estados do mundo confirmou o que se previa, formalizando a eleição do ex-alto-comissário para os Refugiados como novo secretário-geral da organização internacional, a entrar em funções a partir de 01 de janeiro de 2017.
Lusa