Donald Trump afirmou que, em duas semanas, deverá saber se é possível avançar na tentativa de pôr fim à invasão da Ucrânia pela Rússia e voltou a levantar a possibilidade de impor sanções a Moscovo.
"Depois vou tomar uma decisão sobre o que vamos fazer. E será uma decisão muito importante", refere o Presidente dos Estados Unidos.
Donald Trump explicou que a decisão a tomar incidirá sobre se os Estados Unidos vão aplicar "sanções pesadas", "tarifas pesadas" ou até mesmo ambas à Rússia. A outra opção, referida pelo Presidente norte-americano, é simplesmente não fazer nada e limitar-se a dizer: "A luta é vossa".
As exigências de Putin para acabar com a guerra
Vladimir Putin exige que o país vizinho, que invadiu em 2022, ceda toda a região oriental do Donbass, desista do objetivo de integrar a NATO e garanta que mantém as tropas ocidentais fora do país, de acordo com “três fontes familiarizadas com o pensamento do alto escalão do Kremlin” à Reuters.
A mesma fonte detalha que o Presidente russo cedeu nas exigências territoriais apresentadas em junho de 2024. Na altura, pretendia que Kiev cedesse a totalidade das províncias que o Kremlin reclama como suas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia, algo que a Ucrânia rejeitou de imediato.
Na nova proposta, Putin continua a exigir que a nação vizinha se retire das regiões do Donbass que a Rússia controla e, em troca, acabaria com o conflito em Zaporíjia e Kherson.
A liderança russa vê também como essencial, de forma a colocar termo às hostilidades, que a Ucrânia desista do objetivo de aderir à NATO e que a Aliança não se expanda para leste.
Mas a lista de imposições não fica por aqui. Putin quer impor limites ao exército ucraniano e pretende garantir que não haverá presença militar ocidental no território do país vizinho.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já reiterou que não pretende abandonar o território ucraniano internacionalmente reconhecido e definiu que o Donbass oferece a garantia de que as tropas russas não avançam mais para oeste.
A adesão à NATO é um dos grandes objetivos da Ucrânia, que vê a Aliança militar como uma garantia de segurança nacional.