O ministro da Defesa ucraniano vai liderar a delegação ucraniana nas negociações de paz que decorrem esta quinta-feira em Istambul, na Turquia. Zelensky afirmou que enviará uma delegação para as conversações, apesar da Rússia enviar negociadores de segunda linha.
O Presidente ucraniano acrescentou que a delegação ucraniana será liderada por Rustem Umerov por "respeito a Trump e [ao presidente turco] Erdogan".
Soube-se esta quinta-feira que o Presidente russo, Vladimir Putin, não vai estar presente nas negociações de paz na Turquia. Em representação do Kremlin, enviou um delegação de negociadores de segunda linha para participar nas conversações com a Ucrânia. O líder russo rejeitou, assim, o desafio de Zelensky de aparecer e se reunir presencialmente com o Presidente ucraniano.
A ausência de Putin deixa em suspenso as expectativas para as negociações, que não aconteciam desde as primeiras semanas de guerra na Ucrânia.
O comentador da SIC, José Milhazes, considera que a ausência do líder russo revela desinteresse em negociar.
“Putin está-se nas tintas para a sua opinião pública e para a opinião mundial. Ele apenas se preocupa com o seu ego., afirmou no "Daqui a Moscovo", na SIC Notícias.
José Milhazes sublinhou que Moscovo enviou uma delegação de “segunda ou terceira linha”, sem peso político, já apelidada por Zelensky de “farsa”. Ainda assim, disse que é importante o início de conversações entre delegações russas e ucranianas, mesmo sem a presença direta dos dois líderes. “Será um exagero esperar que cheguem a alguma conclusão hoje, mas é muito importante”, acrescentou.
O comentador SIC acrescentou ainda que a pressão do presidente turco, Erdogan, e do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, terá sido decisiva para levar Kiev a avançar com estas conversações. Já Putin, disse, tenta “esticar a corda”, mesmo com Washington.