Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky acusa enviado dos Estados Unidos de "adotar a estratégia do lado russo"

Donald Trump confirma que os Estados Unidos podem abandonar os esforços de paz entre a Rússia e a Ucrânia, caso o acordo se revele demasiado difícil de alcançar. Corrobora, assim, as afirmações feitas pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Entretanto, a Ucrânia lançou esta sexta-feira acusações ao enviado americano e à China.

Miguel Franco de Andrade

À saída de Paris, após as negociações com franceses, britânicos, alemães e ucranianos, o secretário de Estado norte-americano declarou estar cansado de tentar alcançar um acordo para a paz na Ucrânia. A mesma ideia foi partilhada ao mais alto nível por Donald Trump.

A Rússia já declarou que está satisfeita com o andamento das conversações. Kiev explica por que não pode aceitar as condições apresentadas pelos Estados Unidos.

Em plena Páscoa Ortodoxa, que este ano coincide com a Católica, o território ucraniano tem sido duramente bombardeado, com pelo menos dois mortos e mais de 70 feridos em cidades como Kharkiv, Sumy, Dnipro, Mykolaiv e Kiev.

Zelensky denunciou também o envolvimento da China ao lado da Rússia — quer a nível de combatentes, quer a nível de material militar letal —, acusação já negada por Pequim. O assunto foi levado à Casa Branca, mas Donald Trump tem outras prioridades.

Na Rússia, uma jovem de 19 anos foi condenada a quase três anos de prisão por ter colocado, junto a uma estátua em São Petersburgo, em 2022, um pedaço de papel com um verso de um poema alusivo à guerra da Ucrânia.

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