Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia e Estados Unidos querem mesmo a paz na Ucrânia?

Na Edição da Noite, o comentador SIC Nuno Rogeiro e o embaixador António Martins da Cruz analisaram o encontro entre os chefes da diplomacia norte-americana e russa na Arábia Saudita. Para além das negociações para a paz na Ucrânia, esteve em cima da mesa um possível restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.

Nuno Rogeiro

Durante quatro horas e meia, os chefes da diplomacia norte-americana e russa estiveram reunidos esta terça-feira em Riade, na Arábia Saudita. Falaram sobre a Ucrânia, mas o encontro serviu sobretudo para restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países, cortadas desde o início da guerra.

Os Estados Unidos foram representados pelo secretário de Estado Marco Rubio, por Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional de Trump, e Steve Witkoff, o enviado para o Médio Oriente.

Do lado russo, sentaram-se à mesa Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, e Yuri Ushakov, conselheiro diplomático de Putin. Nesta mesa, não esteve presente nenhum representante da Ucrânia, nem sequer da Europa.

A imprensa francesa avança que Emmanuel Macron decidiu convocar para amanhã uma nova reunião de emergência. O encontro deverá contar com os países que não estiveram ontem no Palácio do Eliseu e que, por isso, não estão presentes nesta imagem. Noruega, Países Bálticos, República Checa, Grécia, Finlândia, Roménia, Suécia, Bélgica e até o Canadá, aliado da NATO, deverão participar na reunião.

Portugal não faz parte da lista divulgada pela agência France Press. O encontro deverá servir, mais uma vez, para mostrar a união da Europa e debater a aproximação entre a Rússia e os Estados Unidos.

No encontro desta terça-feira entre Estados Unidos e Rússia, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo repetiu que a adesão da Ucrânia à NATO é inaceitável. Mas do lado americano, Marco Rubio, à saída do encontro, disse que a Rússia mostrou estar empenhada na paz.

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