Guerra Rússia-Ucrânia

Trump diz que pode pôr fim à Guerra na Ucrânia se vencer as eleições

Donald Trump acabou por receber Zelensky, apesar do recuo inicial, e voltou a sublinhar as boas relações que tem com Putin. O candidato republicano à Casa Branca insistiu que pode pôr fim à guerra na Ucrânia, se sair vencedor nas eleições em Novembro.

Cristina Neves

O encontro chegou a ser cancelado por causa da entrevista dada por Zelensky à revista New Yorker, na qual afirmou que Trump não sabe como parar a guerra. Donald Trump afirmou repetidamente que, se fosse reeleito, poria fim ao conflito em 24 horas, sem nunca explicar como. Depois de ter destratado o presidente da Ucrânia durante um comício, evocou as boas relações que mantém.

“Temos uma ótima relação. E, como sabem, também tenho uma ótima relação com o Presidente Putin. Se ganhar, vamos resolver esta questão rapidamente. Acredito mesmo que vamos conseguir. (...) Vamos ter uma reunião hoje. Só o facto de nos reunirmos hoje é um bom sinal", disse Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca.

Zelensky diz que se encontrou com Trump porque a Ucrânia quer contar com os Estados Unidos, independentemente de quem vença em novembro. A reunião com o candidato republicano aconteceu horas depois do líder ucraniano ter ido a Washington apresentar o chamado plano para a vitória. 

De Joe Biden obteve um reforço do apoio militar de mais de 7 mil milhões de euros e o compromisso de assistência, pelo menos até ao fim do mandato.

“Também instruí o Pentágono a afetar o resto do financiamento de apoio à segurança que foi atribuído à Ucrânia até ao final do meu mandato, que será a 20 de janeiro. Isto irá reforçar a posição da Ucrânia em negociações futuras”, explicou Joe Biden, Presidente dos EUA.

Numa reunião separada,  Kamala Harris denunciou, sem nomear Trump, a proposta  que assenta na cedência de território e de soberania de Kiev a Moscovo. 

“Estas propostas são as mesmas que as de Putin. E sejamos claros, não são propostas de paz. Em vez disso, são propostas para a rendição que é perigoso e inaceitável”, afirmou Kamala Harris, vice-presidente dos EUA.

A viagem de Zelensky aos Estados Unidos ocorre num momento crítico com as forças russas a atacarem infraestruturas elétricas antes do Inverno e a prosseguirem o avanço no leste da Ucrânia.

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