Guerra Rússia-Ucrânia

Incursão da Ucrânia: ninguém arrisca prever o desfecho, mas a Rússia ainda não conseguiu esmagar a ofensiva

Zelensky confirmou que a Ucrânia capturou a totalidade de Sudza, na região de Kursk. A investida avança e mais localidades caíram em mãos ucranianas. Kiev quer criar uma zona tampão na região, mas assegura corredores humanitários para os deslocados.

Cristina Neves

Zelensky confirmou esta quinta-feira que as forças ucranianas capturaram a totalidade de Sudza, na região de Kursk. A Ucrânia instalou o primeiro gabinete de administração militar na região. A ofensiva de Kiev ameaça também Belgorod para onde Moscovo enviou forças adicionais.

Depois de ter decretado estado de emergência em Belgorod, à semelhança de Kursk, Moscovo anunciou o envio de forças adicionais para a região.

A narrativa anterior negava os avanços ucranianos, mas as chefias militares russas admitem a ameaça à integridade territorial.

O maior ataque ucraniano com drones contra bases aéreas russas ilustra a capacidade de alcance da iniciativa de Kiev.

Num só dia militares das forças especiais do Exército ucraniano capturaram mais de uma centena de fuzileiros e tropas de elite.

Moscovo exibiu um vídeo de soldados ucranianos feitos prisioneiros, também em Kursk. Sem respeitar as convenções de genebra expôs a identidade dos cativos. E mostrou os corpos de militares ucranianos mortos em combate na região fronteiriça russa.

Ninguém arrisca prever o desfecho da investida que a Ucrânia por ironia também batizou de operação militar especial. Mas em 9 dias, a Rússia não conseguiu esmagar a ofensiva.

A investida avança e mais localidades caíram em mãos ucranianas.

Kiev quer criar uma zona tampão na região, mas assegura corredores humanitários para os deslocados.

A incursão-relâmpago em território russo foi também possível pelo envio de armamento ocidental.

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