Guerra Rússia-Ucrânia

Conselho de Segurança da ONU: Lavrov critica Ocidente e justifica a invasão à Ucrânia

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros criticou as atitudes dos "países hostis", desfiando argumentos históricos para justificar o conflito militar.

Aurélio Faria

Flávio Valente

Esta quarta-feira decorreu em Nova Iorque o encontro ao mais alto nível entre a Rússia e a Ucrânia desde o início da guerra, com o presidente ucraniano Volodomyr Zelensky e o chefe da diplomacia russa Sergei Lavrov a trocaram argumentos e acusações.

A sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas dedicada à guerra na Ucrânia começou atrasada com o embaixador russo a contestar o convite a Volodymyr Zelensky, tentando evitar que o líder ucraniano falasse antes dos outros países representados no órgão máximo da ONU.

Após o incidente, falou o secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo o fim imediato da agressão à Ucrânia.

"Os órgãos das Nações Unidas foram claros na condenação da guerra. A Assembleia Geral aprovou por esmagadora maioria a resolução da ONU que exige que a Rússia deixe a Ucrânia, rejeitando os esforços da Rússia para anexar o território ucraniano. Apelei de forma consistente e repetida a uma paz justa e sustentável na Ucrânia, em conformidade com a Carta e o direito internacional para a Ucrânia, para a Rússia e para o mundo", afirmou.

E tal como previsto, depois de Guterres, Volodymir Zelensky discursou para apresentar o plano de paz de dez pontos e criticar o veto russo no Conselho de Segurança que impede a ação da diplomacia.

Depois de Zelensky, falaram representantes convidados entre os quinze países, membros permanentes e não permanentes do Conselho de Segurança. Um dos que mais falou foi Sergei Lavrov. Durante meia hora, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros criticou o Ocidente e repetiu os argumentos do Kremlin que justificam a invasão russa á Ucrânia, desencadeada em fevereiro de 2022.

Também na Assembleia Geral da ONU, o segundo dia de discursos, foi marcado pelo conflito ucraniano. Líderes dos países bálticos e escandinavos falaram dos efeitos da invasão russa na região. Já o presidente da Coreia do Sul alertou sobre a recente cooperação militar entre Moscovo e a Coreia do Norte.

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