Guerra Rússia-Ucrânia

Ásia e Médio Oriente: existe "algum desconforto desses países em relação à Rússia"

Em análise, Germano Almeida comenta as últimas notícias sobre a Ucrânia e a guerra com a Rússia, os novos acordos, conversações e críticas a Lula da Silva por parte de Zelensky.

Germano Almeida

SIC Notícias

A integração da Ucrânia na NATO e na UE, as sanções à Rússia e a prorrogação do acordo sobre os cereais estiveram em destaque nas reuniões na Arábia Saudita, com alguns pontos a destacar pelo comentador da SIC Germano Almeida. Da mesma forma, o comentador relembra que Zelensky está a demarcar Lula da Silva cada vez mais da Ucrânia.

No encontro que juntou, em Jeddah, conselheiros de segurança nacional e representantes internacionais sobre o conflito na Ucrânia, Yermak e o conselheiro para a Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos "chegaram a acordo sobre ações conjuntas no contexto da aplicação da Fórmula de Paz e dos preparativos para a Cimeira Mundial da Paz".

Para Germano Almeida, esta conferência que juntou muitos países teve o efeito desejado para a Ucrânia que pode discutir e chegar a conclusão em diversos assuntos.

"É um balanço positivo para a Ucrânia. Destacaria o que Ucrânia falou com Qatar e Arábia Saudita a nível da libertação dos prisioneiros ucranianos, da segurança alimentar, com um possível acordo sobre os cereais à margem da Rússia. A China esteve presente e vários países da Ásia e Médio Oriente que são mais próximos da Rússia do que da Ucrânia, o que dá conta de algum desconforto desses países em relação à Rússia", explica.

Para além disso, Germano Almeida também destaca uma declaração, das poucas que houve, da ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, em que “todos os milímetros de progresso para paz justa podem trazer um raio de esperança”.

Desta forma, para o comentador SIC, esta declaração poderá ter sido uma legitimação da fórmula da paz do presidente Zelensky, que exige retirada total das tropas russas.

Por outro lado, existe uma nova divergência entre Zelensky e Lula da Silva, presidente do Brasil, tendo em conta a entrevista que o presidente ucraniano deu a órgãos de comunicação sociais da América Latina.

“Ele foi muito critico de Lula e vê que tem uma narrativa próxima com Putin, Zelensky demarca o comportamento do Brasil com outros da América latina que podem estar mais do lado da Ucrânia”, conclui.

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