Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: países reúnem-se na Arábia Saudita para procurar soluções de paz

O encontro realiza-se com o objetivo de procurar soluções de paz e vai contar com a participação de cerca de 40 países, a Rússia vai estar ausente. Já a China fez marcha atrás, depois de ter recusado entrar num evento semelhante em junho em Copenhaga, desta vez decidiu participar.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
Yves Herman

SIC Notícias

Lusa

A Arábia Saudita promove, este fim de semana, um encontro para procurar soluções de paz para a guerra na Ucrânia, com a participação de cerca de 40 países, mas sem a Rússia. Já a China recusou, mas fez marcha atrás e decidiu, desta vez, participar.

O presidente ucraniano espera que as conversações sejam o primeiro passo para se conseguir alcançar uma cimeira da paz global.

"É muito importante (este encontro) porque, no que diz respeito à questão da segurança alimentar, o destino de milhões de pessoas em África, na Ásia e noutros países depende da rapidez com que o mundo executar a fórmula de paz", disse Zelensky.

Participação da China nas conversações de Jeddah é "grande avanço"

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitro Kuleba, afirmou que a participação da China na reunião das potências mundiais na Arábia Saudita para discutir o plano de paz da Ucrânia é um "grande avanço".

"Queremos que a China participe na cimeira da Fórmula para a Paz. A notícia de que a China vai enviar Li Hui a Jeddah é um grande avanço", afirmou Kuleba, citado pela agência noticiosa Interfax, que destacou o "papel importante" desempenhado pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.

"A Arábia Saudita atraiu a China, e esta é uma vitória histórica", afirmou Kuleba.

Jeddah tem previsto acolher no fim de semana uma reunião a nível de conselheiros dos chefes de governo e de representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros para preparar a cimeira de líderes que Kiev pretende organizar no outono em torno da Fórmula de Paz do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Além dos países ocidentais, participarão o Brasil e a Índia, entre outras potências, tendo sido confirmada a presença de Li Hui, que, na qualidade de enviado especial de Pequim, já percorreu várias capitais em busca de apoio para o plano de paz da China para a Ucrânia.

No entanto, um porta-voz da Casa Branca reiterou que a reunião de Jeddah não será uma "negociação de paz" e que Washington não espera "resultados tangíveis".

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