Guerra Rússia-Ucrânia

Von der Leyen assinala 500 dias de guerra e promete mais apoio a Kiev

O Presidente ucraniano também deixou uma mensagem saudando os soldados ucrânianos. Zelensky visitou uma ilha no Mar Negro que se tornou um símbolo da resistência face à invasão russa.

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
OLIVIER MATTHYS

SIC Notícias

Lusa

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu este sábado que a União Europeia continuará a apoiar Kiev, assinalando o 500.º dia desde o início da invasão russa da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022.

"Quinhentos dias de guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. Quinhentos dias de corajosa resistência ucraniana. Quinhentos dias de firme apoio europeu à Ucrânia. Estaremos com a Ucrânia o tempo que for necessário", publicou Von der Leyen numa mensagem no Twitter.

No total, desde o início da guerra, a ajuda da União Europeia (EU) à Ucrânia, país candidato à adesão ao bloco europeu, ascende a mais de 70 mil milhões de euros, incluindo apoio financeiro, humanitário, orçamental de emergência e militar.

Os Estados-membros e as instituições financeiras europeias contribuíram com estes fundos, que também suportam os recursos disponibilizados para ajudar os Estados-membros a satisfazer as necessidades dos ucranianos em fuga da guerra.

Moldova coloca-se ao lado da Ucrânia

Também a Presidente da Moldova, Maia Sandu, agradeceu em comunicado aos soldados e ao povo ucraniano por resistirem à agressão russa por 500 dias e, assim, trazerem a paz ao seu país, vizinho da Ucrânia.

"Graças à coragem dos militares ucranianos, graças à resistência da população civil, temos paz na Moldova", afirmou.

A Moldova é igualmente candidata a Estado-membro da UE e tem estado sob constantes ameaças e ações de desestabilização por parte de Moscovo.

Sandu afirmou que o seu país, como parte da comunidade internacional, "unirá forças com a Ucrânia para responsabilizar a Rússia pelos seus crimes de guerra". Também destacou que "a Ucrânia vencerá" a guerra, porque "não pode ser de outra forma".

"Os ucranianos são um povo de paz e estamos com eles", disse Sandu, garantindo que os ucranianos são e serão bem-vindos na Moldova - que acolheu no início da invasão russa centenas de milhares de refugiados -, e que as estradas e ferrovias do seu país continuarão a levar produtos da Ucrânia para outros mercados.

Zelensky visitou a Ilha da Serpente

O Presidente ucraniano assinalou os 500 dias de guerra saudando os soldados do país num vídeo a partir de uma ilha no Mar Negro que se tornou um símbolo da resistência da Ucrânia face à invasão russa.

Ao falar na Ilha da Serpente, Volodymyr Zelensky honrou os soldados ucranianos que lutaram para defender a ilha e todos os outros defensores do país, dizendo que reassumir o controlo da ilha é "uma grande prova de que a Ucrânia vai reconquistar cada parte do seu território".

"Quero agradecer - daqui, deste lugar de vitória - a cada um dos nossos soldados por estes 500 dias", afirmou Zelenskyy. "Obrigada a todos os que lutam pela Ucrânia", acrescentou.

As forças russas tomaram o controlo da pequena ilha rochosa em 24 de fevereiro de 2022, o dia em que Moscovo lançou a invasão contra a Ucrânia, na esperança aparente de a usar como base para um assalto a Odessa, no sul, o maior porto ucraniano e quartel general da Armada.

A ilha ganhou um significado lendário para a resistência ucraniana à invasão russa quando as tropas ucranianas receberam ordens de um navio russo - que não respeitaram - para se renderem, sob o risco de serem bombardeadas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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