José Milhazes compara Putin a Marcelo Rebelo de Sousa em relação ao “contacto com as massas”, mas considera que “é artificial. Tenta mostrar que está tudo bem no país”.
Por outro lado, o comentador da SIC também refere as indicações contraditórias que estão a acontecer no território russo, nomeadamente com a Wagner.
“A Wagner vai deixar de existir no dia 1 de julho. Isso significa que os que assinarem o contrato com o Ministério da defesa serão colocados na Ucrânia”, explica.
“A Wagner já não ver ser Wagner, vão dar-lhe outro nome e metem outras pessoas fiéis ao Kremlin. Este é um dos castigos de Prigozhin, mas pode não ser o pior”, acrescenta José Milhazes.
Ainda há consequências por conhecer
Germano Almeida acredita que, apesar da rebelião do grupo Wagner ter acontecido no passado sábado, “ainda estamos longe de saber que consequências terá”.
Quanto a Kristina Baikova, vice-presidente do banco russo Loko-Bank, que morreu após cair do 11º andar, o comentador da SIC afirma que “a prática continua” referindo-se aos “acidentes” semelhantes que têm acontecido nos últimos tempos.
O que Putin vai fazer?
José Milhazes diz que o Presidente russo “vai tentar descobrir quem não avisou que o grupo Wagner ia a caminho e quem deixou passar”.
No entanto, considera que este processo de investigação vai continuar, “mas de uma forma a que não destabilize novamente o sistema”.
“Claramente, a partir de sábado [passado], Putin teve, pela primeira vez, a sua liderança em risco”, afirma Germano Almeida.