Guerra Rússia-Ucrânia

Putin vai "querer alargar espaço territorial" usando o "peão" Bielorrússia

Germano Almeida, comentador da SIC, sobre a rebelião do grupo Wagner, que enfraqueceu o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e os últimos ataques russos à Ucrânia.

Germano Almeida

SIC Notícias

Germano Almeida, comentador SIC, considera que, após a rebelião do grupo Wagner, pode haver uma mudança de paradigma e salienta que a segurança falhou na Rússia no dia da rebelião. Acusa ainda a Rússia de ter como foco massacrar a população civil ucraniana.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, está a tentar "fazer divergir o momento surreal de 24 de junho, dia em que o seu poder "foi posto pela primeira vez em causa". No entanto, o "processo" com o grupo Wagner está "longe de estar terminado".

Na Edição da Manhã, sugere que Putin queira alargar o espaço territorial:

"Se calhar o que Putin vai querer fazer, usando o seu peão Lukashenko, é alargar o espaço territorial usando a Bielorrússia tornando-a uma espécie de satélite".

Germano Almeida considera que os elogios do Presidente da Rússia ao exército são uma tentativa de mostrar que a segurança não falhou. No entanto, é "inegável" que falhou, defende.

Nesse sentido, o comentador SIC prevê que pode haver uma "mudança de paradigma", uma vez que a imagem de líder "ficou em causa " e o seu poder foi "ameaçado":

"Não se livra da imagem que a 24 de junho, aos olhos de todos nós, o poder de Putin foi ameaçado. Ele não sai fortalecido, sai enfraquecido".

Ainda na Edição da Manhã, destaca que as declarações da Hungria foram "muito pró-Putin", o que considera ser uma "estratégia" do Presidente da Rússia de “controlo de danos”

Sobre os últimos ataques, refere que a Rússia lançou, na terça-feira, 22 mísseis, o número de mortes civis há um ano em Kremenchuk.

"Este é o grau de sinimo e de crueldade da Rússia. E é um sinal claro que um dos seus objetivos é massacrar a população civil ucraiana", acrescenta ainda.

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