Guerra Rússia-Ucrânia

Parlamento da Rússia aprova leis que vão contra o grupo Wagner

Nova legislação, que surge depois da rebelião liderada por Prigozhin contra o comando militar, prevê que a celebração de contratos com pessoas condenadas passará a ser da exclusividade do Ministério da Defesa.

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SIC Notícias

Lusa

O Parlamento da Rússia aprovou leis que vão contra o grupo Wagner. A nova legislação prevê que a celebração de contratos com pessoas condenadas passará a ser da exclusividade do Ministério da Defesa.

Os mercenários do grupo Wagner são, na maioria, ex-presidiários. É também o único grupo paramilitar que se recusava a estar sob alçada do Governo russo.

Esta nova lei surge depois da rebelião liderada por Yevgeny Prigozhin contra o comando militar, este fim de semana.

"Ameaça mortal" ao Estado russo

No sábado, o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, no sul do país, uma cidade-chave para guerra na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".

Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O Ministério da Defesa da Rússia negou estas acusações.

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