Guerra Rússia-Ucrânia

Rebelião na Rússia é "assunto interno", diz Irão

O Governo do Irão manifestou apoio ao “Estado de Direito” na Rússia. O regime de Teerão tem apoiado o Kremlin com drones utilizados na invasão da Ucrânia.

STRINGER

Lusa

O governo iraniano manifestou este sábado o seu apoio ao "Estado de Direito" na Rússia, na sequência da rebelião do grupo mercenário Wagner, situação que qualificou de "assunto interno".

"A República Islâmica do Irão apoia o Estado de direito na Federação Russa", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, numa declaração pública.

O diplomata afirmou que os "recentes acontecimentos" em território russo são um "assunto interno" da Rússia, sem entrar em mais pormenores.

As relações entre o Irão e a Rússia reforçaram-se no último ano, desde a invasão da Ucrânia, em questões económicas, políticas e militares, face às sanções internacionais que prejudicam as suas economias.

Além de as trocas comerciais entre os dois países terem aumentado, Teerão vendeu drones à Rússia para serem utilizados na invasão da Ucrânia, de acordo com alegações ocidentais, que Teerão nega.

Ao mesmo tempo, Moscovo terá vendido a Teerão aviões de combate Sukhoi Su-35, que ainda não foram entregues ao país.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".

Últimas