Guerra Rússia-Ucrânia

"Punhalada nas costas": Vladimir Putin reage à revolta militar na Rússia

Na primeira declaração ao país após a ação armada do grupo Wagner, o Presidente russo pediu unidade e garantiu que não haverá uma guerra civil na Rússia. Disse ainda que todos os "traidores" serão "punidos".

Ana Rute Carvalho

SIC Notícias

Vladimir Putin apelou este sábado à união da Rússia e reconheceu que a situação em Rostov é "difícil". Ainda assim, o Presidente russo garantiu que as forças armadas vão cumprir as ordens necessárias para neutralizar quem levou a cabo a revolta militar no país.

Numa declaração emitida à nação, Putin disse que as forças russas estão a lutar "pela vida e segurança do nosso povo" e apelou à união de "todas as forças": "Quaisquer diferenças devem ser postas de lado."

O líder russo afirmou que o país está a enfrentar uma "traição" da parte do grupo mercenário Wagner e que esta é uma "punhalada nas costas do nosso povo".

Garantiu que as forças armadas "vão cumprir as ordens", que a resposta do Kremlin será "dura" e que os todos os envolvidos no motim serão punidos. Apelou também às "pessoas que foram enganadas".

"Exijo que parem de participar nestas ações criminais", disse Putin.

Na declaração, reconheceu que a situação em Rostov é "difícil", mas garantiu que tudo fará para proteger a Rússia.

"Nós vamos prevalecer e vamos ficar mais fortes (…) Vamos fazer de tudo para proteger a Rússia."

O Presidente da Rússia disse ainda que todos aqueles que empunharem armas contra o exército russo serão considerados traidores.

O chefe do grupo Wagner anunciou esta madrugada que os mercenários controlavam as instalações militares russas em Rostov, uma cidade muito importante para a invasão da Rússia à Ucrânia.

O anúncio foi feito depois de Yevgeny Prigozhin apelar a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

O líder do grupo paramilitar garantiu que 25.000 soldados estão às suas ordens e prontos para morrer, apelando ainda aos russos para se juntarem a esses combatentes numa "marcha pela justiça".

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