Os Estados Unidos e o Reino Unido garantem total apoio à Ucrânia durante os próximos anos. Joe Biden e Rishi Sunak estiveram reunidos na Casa Branca a fechar um acordo de cooperação económica e aproveitaram o encontro para reafirmar o apoio a Kiev. Este é o ponto de partida do comentário de Germano Almeida, que analisa também a alteração de estratégia da Ucrânia em relação à contraofensiva, que opta agora por “um caminho de silêncio e de segredo como a alma de negócio” na estratégia militar.
Os Estados Unidos deverão anunciar ainda esta sexta-feira um novo pacote de armas para a Ucrânia no valor de quase 2 mil milhões de euros.
“Manipular, explorar, roubar foram termos da declaração conjunta que sai da reunião entre a Sunak e Biden (…) um acordo que estava a ser negociado há vários anos, mas que ainda não tinha sido consumado”, diz Germano Almeida e explica que “estas expressões estão lá, estão dentro daquilo que é uma visão conjunta de Estados Unidos e Reino Unido sobre os perigos da Rússia, obviamente, mas também da China”.
“Tanto Washington como Londres veem Pequim e Moscovo como ameaças que têm que ser respondidas ao nível de uma visão conjunta e que passa por considerar que a China e a Rússia estão dispostos a manipular, explorar, roubar propriedade intelectual, utilizar tecnologias para fins autoritários e, nesse sentido, só com um esforço conjunto dos dois lados do Atlântico, é que essas ameaças podem ser travadas”.
Contraofensiva ucraniana
Para o comentador da SIC, “agora é uma questão mais de definição, ou seja, depois de uma altura em que a Ucrânia de forma demasiado evidente expunha em público os seus planos, houve uma alteração clara.”
Germano Almeida sublinha a alteração de estratégia que ficou evidente “num vídeo divulgado há uns dias, muito interessante, em que vários combatentes ucranianos no terreno fazem o símbolo de silêncio, esse caminho de silêncio e de segredo como alma do negócio para esta contraofensiva”.