Guerra Rússia-Ucrânia

Destruição da barragem de Kakhovka: centenas de animais mortos no Zoo devido às inundações

A explosão da barragem de Nova Kakhovka provocou inundações em dezenas de localidades ucranianas, 16.000 pessoas ficaram desalojadas e mais de 300 animais morreram.

Uma mulher segura guaxinins bebés
Facebook zoo "kazkova dibrova"

SIC Notícias

A destruição da barragem de Kakhova, que ocorreu na terça-feira, inundou dezenas de localidades e provocou 16.000 desalojados. O Jardim Zoológico da cidade, “Kazkova Dibrova”, ficou completamente inundado e todos os animais morreram, à excessão das aves.

A organização dos direitos dos animais UAnimals referiu, num comunicado partilhado nas redes sociais, que o Jardim Zoológico “Kazkova Dibrova” ficou completamente alagado devido à destruição parcial da barragem de Kakhova, na Ucrânia.

“Os cisnes e os patos foram os únicos que conseguiram escapar”, referiu a organização.

As informações foram transmitidas por um funcionário do Zoo, que não revelou a identidade por motivos de segurança.

“Demos o nosso melhor para manter o zoológico ocupado. Agora ele já não existe”, acrescentou a fonte.

A organização acredita que cerca de 300 animais morreram devido às fortes inundações causadas pelo ataque à barragem ucraniana.

Desde o início do ataque russo, as vias de acesso ao Jardim Zoológico ficaram bloqueadas, impossibilitando o resgate dos animais, contudo alguns voluntários conseguiram levar para casa animais de pequeno porte.

O Zoo “Kazkova Dibrova” sobreviviu a um inverno sem eletricidade e aquecimento, contudo as inundações foram avassaladoras.

“Esta é uma perda terrível, uma dor terrível”, referiu o Zoo em comunicado no Facebook, acrescentando que fizeram de tudo para salvar as vidas dos animais.

A organização UAnimals enviou uma equipa de resgate para a cidade de Kakhovka na tentativa de resgatar o maior número de animais possível.

Até ao momento dezenas de localidades foram afetadas pelas inundações, correndo o risco de ficar submersas nos próximos dias.

Pelo menos 16 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as casas.

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