Mónica Dias, comentadora da SIC, considera que a visita da primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, a Portugal é "muito importante". Sobre a ida do enviado especial do Vaticano a Kiev, considera que é um "passo significativo" para um futuro plano de paz. Destaca ainda a importância da Turquia na mediação da guerra na Ucrânia.
Em entrevista na Edição do Meio-Dia, considera "muito importante" a visita da primeira-dama a Portugal. Jill Biden participa esta segunda-feira no 60.º aniversário do programa “Arte das Embaixadas” organizado pela embaixada dos EUA em Portugal.
"Temos uma tentativa de mostrar como este 'softpower' americano pode transformar e pode explicar melhor a identidade americana e estabelecer valores ou transmiti-los", afirma.
Mónica Dias explica ainda que os quadros da exposição não são os originais, porque esses "estão muito datados". A exposição, que deverá ser visitada pela primeira-dama dos EUA, é uma "readaptação de artistas contemporâneos" com uma "remistura".
A exposição permite a "diversidade e que as minorias tenham também uma voz", sobretudo as que "durante muitos anos nos EUA não tiveram voz".
Jill Biden visita Portugal durante uma digressão de seis dias pelo Médio Oriente, África do Norte e Europa para proapelar ao empoderamento das mulheres e dos jovens.
Sobre a ida do enviado especial do Vaticano a Kiev, a comentadora SIC considera que é um "passo significativo" para encontrar um "futuro plano de paz":
"O Papa tem uma missão completamente diferente, humanitária. É genuinamente uma missão que não tem interesse próprio (...). A mensagem do Papa é um apelo genuíno à paz e isso talvez possa ser um abrir de portas a uma possibilidade de paz".
O cardeal italiano Matteo Zuppi estará esta segunda e na terça-feira em Kiev, na condição de enviado do Papa Francisco, para uma missão de mediação de paz na Ucrânia,
Em relação ao encontro de Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, com Erdogan destaca que o Presidente da Turquia é uma "peça-chave" para uma "possibilidade de paz".
Para Mónica Dias, Erdogan, que é um "ator fundamental na mediação da guerra", tem "mais margem de manobra" porque ganhou as eleições na Turquia.
"Temos de conseguir ganhar Erdogan. Podemos não gostar da política dele, tem um estado autoritário. Mas este ator é muito importante. A política e a diplomacia têm de jogar com os atores que têm".
Nesse sentido, a comentadora da SIC apela a "todos os esforços" para uma paz e segurança "sustentável e a longo prazo" para a população ucraniana.