Os militantes, que se autoproclamam pela libertação da Rússia, deram uma improvisada conferência de imprensa numa floresta na região de Kharkiv, na Ucrânia.
Ninguém sabe quem são, de onde vieram, e antes do início da semana, ninguém tinha ouvido falar deles. Agora, os autoproclamados grupos de militantes, que dão pelo nome de Legião da Libertação da Rússia e Corpo Voluntário Russo, prometem repetir ataques como os da passada segunda-feira no território russo de Belgorod.
Apesar de Kiev negar ligações ao grupo, este não nega a proximidade com o exército ucraniano.
O porta-voz, que alterna com fluência entre as línguas inglesa e russa, nega estar a ser equipado pelos EUA, como acusou esta quarta-feira o Kremlin.
Afirmam ter capturado prisioneiros e armamento russo e apenas admitem apenas dois feridos no grupo, ao contrário do que foi afirmado pelo ministro da defesa da Rússia, que os apelida de nacionalistas ucranianos.
Não é a primeira vez que se verificam ataques em território russo desde o início da guerra, mas estes incidentes vieram não só perturbar as populações russas como demonstrar que a fronteira da federação poderá não estar bem defendida.
Os analistas dividem-se entre considerar que este tipo de incursões pode tornar-se cada vez mais frequente, ou apenas tratar-se de uma distração para atrair tropas russas à fronteira e depois atacar noutro local, numa já muito antecipada contraofensiva ucraniana.