Já era noite cerrada quando Volodymyr Zelesnsky abandonava a cimeira do G7 em Hiroxima, no Japão. A bordo de um avião cedido pelo governo francês, depois de uma ofensiva diplomática em que recolheu, uma vez mais, o apoio político e militar de alguns dos sete países mais industrializados do mundo.
O Presidente da Ucrânia justificaria, mais tarde, o desencontro devido à falta de "diligências" por parte de Lula da Silva.
"Estive em contacto com alguns líderes, mas não houve nenhum passo da parte deles", acrescentou o Presidente ucraniano na conferência de imprensa, referindo-se à comitiva brasileira e dando a entender que poderá ter sido uma questão de problemas de agenda.
"Por vezes, no passado, trabalhámos muito bem e, hoje, precisamos de envolver o maior número possível de países", afirmou Zelensky, referindo que gastou "muito tempo" nestas conversações.
"Encontro-me com quase toda a gente, em quase todo o lado, embora todos os líderes tenham os seus próprios horários e agendas", sublinhou.
Ao contrário do que aconteceu com o Brasil, Volodymyr Zelensky aceitou um encontro, um dia antes, com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o outro membro dos G7 que mantém uma relação ambígua com a Rússia.
Lula da Silva, por seu lado, afirmou numa reunião com o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia "deve ser discutida" no Conselho de Segurança da ONU, segundo fontes da presidência brasileira citadas pela agência de notícias espanhola EFE.