1 – O AVISO DE STOLTENBERG: "DEVEMOS REDOBRAR OS NOSSOS ESFORÇOS PARA MANTER OS CIDADÃOS DA NATO A SALVO"
"Temos de nos preparar para um futuro perigoso, devemos redobrar os nossos esforços para manter a segurança de mil milhões de cidadãos e defender a ordem internacional com base em regras", disse o secretário-geral da NATO num alerta para o futuro. Stoltenberg falou em Bruxelas, durante um encontro do comité militar da NATO e lembrou que desde que a Rússia anexou a Crimeia em 2014, aumentaram "a prontidão das forças" e que pela primeira vez na história NATO foram enviadas "tropas para o leste da aliança". "Quando o Presidente Putin lançou a sua invasão total na Ucrânia em 202, estávamos preparados. Stoltenberg pediu "coragem política" aos 31 estados-membros para aumentarem os gastos com defesa e incrementar a produção de armas para continuar a apoiar a Ucrânia.
2 – KULEBA: CONTRAOFENSIVA UCRANIANA "NÃO DEVE SER VISTA COMO FINAL"
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia alertou que não se deve pensar na aguardada contraofensiva de primavera como a última porque Kiev "não se sabe o que vai resultar dela". "Se formos bem sucedidos em libertar os nossos territórios com esta contraofensiva, podem dizer que foi a última. Mas se não for esse o caso, isso significa que teremos de preparar-nos para a próxima contraofensiva", afirmou Dmytro Kuleba em entrevista ao jornal alemão Bild. O Presidente Zelensky, na mesma linha, rejeita detalhes sobre como será a contraofensiva das tropas de Kiev, que estará prestes a começar. "Não quero preparar a Rússia para como, em que direção, onde e como é que [a contraofensiva] vai ser a reconquista de qualquer território ocupado pela Rússia é já um "sucesso". Zelensky fala numa semana "muito produtiva a preparar-se "ativamente" para o que vai acontecer "em maio e em junho".
3 – UM EM CINCO UCRANIANOS NÃO AFASTA "ALGUM TIPO DE NEGOCIAÇÃO" COM A RÚSSIA
Um em cada cinco ucranianos pensam que Kiev deve aceitar algumas concessões à Rússia para acabar com a guerra. A conclusão é de estudo da autoria da Fundação para as Iniciativas Democráticas, um think tank ucraniano, divulgado no Dia da Europa, 9 de maio. Dois em cada três ucranianos rejeitam a ideia de uma negociação com Moscovo e defendem vitória militar no terreno, mas 22% acreditam que pode haver espaço a negociar alguns termos. Oito por cento defendem que a Ucrânia deve estar disposta a aceitar quaisquer condições da Rússia se tal significar o fim do conflito. Quatro em cinco dos inquiridos dizem que não há diferença entre Putin e Adolf Hitler, outros 11% dizem que "provavelmente concordam" com a afirmação. A Polónia, os EUA e o Reino Unido (nesta ordem) são, na opinião dos ucranianos, os principais aliados de Kiev.
4 – UCRÂNIA GARANTE QUE CONSEGUIU FORÇAR RÚSSIA A RECUAR ATÉ DOIS QUILÓMETROS EM BAKHMUT
O coronel-general Oleksandr Syrskyi, um dos principais comandantes da Ucrânia, afirmou que as forças russas foram obrigadas a recuar até dois quilómetros em certas zonas de Bakhmut. O recuo resulta dos ataques contraofensivos realizados pelas forças ucranianas. "Foi a condução competente da operação defensiva que esgotou as forças treinadas do grupo Wagner e as obrigou a serem substituídas em certas direções por unidades menos preparadas das tropas regulares russas, que foram derrotadas e abandonaram [o local] ." As forças ucranianas causaram grandes danos na 72ª Brigada Separada de Fuzileiros Motorizados. Ainda assim, Bakhmut permanece o "principal alvo" da Rússia.
5 – RUSSOS CONTINUAM A PRESSIONAR BAKHMUT
A Rússia mantém a pressão sobre o reduto ucraniano de Bakhmut, cuja conquista não conseguiu concretizar a tempo do Dia da Vitória, enquanto Kiev estuda vários cenários para lançar uma contraofensiva, que poderá não ser a última. "Temos vários cenários. Todos estão a ser trabalhados", afirmou Oleksii Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, citado pela agência EFE. Danilov acrescentou que "dependendo das circunstâncias que surjam em um momento ou outro, as respetivas decisões serão tomadas". Ao mesmo tempo, insistiu que atualmente não há ninguém no Ocidente que conheça todos os planos de Kiev, que "ainda não foram aprovados".
6 – PUTIN ASSINOU DECRETO PARA MOBILIZAR RESERVISTAS PARA TREINOS
O Presidente da Rússia assinou um decreto que visa mobilizar os reservistas das forças armadas para treinos em 2023. O documento foi publicado no site do governo russo.
7 -- EUA ANUNCIAM APOIO MILITAR ADICIONAL DE 1,2 MIL MILHÕES DE DÓLARES
Os EUA vão avançar com um pacote de apoio militar adicional para a Ucrânia no valor de 1.2 mil milhões de dólares. O novo pacote inclui sistemas de defesa antiaérea, artilharia convencional, munições antidrone, serviços de imagens de satélite e financiamento para treino militar. Os EUA vão igualmente receber tecnologia que permite integrar os lançadores, mísseis e radares ocidentais aos sistemas de defesa antiaéreos ucranianos.
8 – PRESIDENTE CHECO ADMITE FORNECER À UCRÂNIA
O presidente da Chéquia, Petr Pavl, admitiu que o seu país poderá fornecer caças L-159 para apoiar a contraofensiva ucraniana. "Vale a pena considera se podemos fornecer à Ucrânia os nossos aviões L-159", disse o atual chefe de Estado checo e antigo general da NATO. "Como aviões de apoio direto em combate, [estes caças] poderiam também ajudar significativamente a Ucrânia na contraofensiva", acrescentou o presidente da Chéquia. Até agora, apenas a Eslováquia e a Polónia forneceram caças à Ucrânia.
9 – FRANÇA CONSIDERA QUE A CHINA DEVE CONVENVER A RÚSSIA QUE ESTÁ NUM IMPASSE
A ministra dos Negócios Estrangeiros da França, Catherine Colonna, pediu à China que use as suas relações com a Rússia para convencê-la de que está num impasse e colocá-la no caminho da paz. "É necessário que a China use as suas relações com a Rússia para fazer a Rússia entender melhor que está num impasse e pedir que caia em si" para "um retorno à paz e não a continuação da guerra". A governante francesa disse que as posições da França sobre a China e sobre a Ucrânia são conhecidas e que por isso, Paris fala "abertamente, diretamente, com a franqueza que a amizade permite". Catherine Colonna e Qin Gang "discutirão crises internacionais, em particular a invasão russa na Ucrânia, bem como questões globais, particularmente a cimeira de Paris sobre um novo pacto financeiro global", declarou Anne-Claire Legendre, porta-voz do Quai d'Orsay.
10 – KOVALEV JÁ ESTÁ FARTO DESTA "GUERRA HORRÍVEL"
O oligarca russo Andrey Kovalev, vice-chefe do Conselho de Empreendedores de Moscovo e fundador do Movimento Russo de Empreendedores, publicou vídeo, em que deixa duras críticas à gestão do conflito na Ucrânia por parte do Kremlin. Dias depois, voltou atrás. "Isto não é uma operação militar especial. É uma guerra horrível", afirmou Kovalev, vincando que "122 países" classificam a Rússia como um país "agressor". "Todos estão contra nós", lamentou o oligarca do ramo imobiliário. "Onde está o nosso futuro? Onde estão os nossos projetos? Que planos temos?", Kovalev, descrevendo a situação como "embaraçosa". Lembrou que, no início da "operação militar especial", a Rússia tinha a certeza de que conseguiria conquistar Kiev "em duas semanas". A ofensiva até "começou bem", concedeu o oligarca, mas acrescentou depois que o conflito "não correu como o esperado", recordando a retirada russa dos arredores da capital ucraniana no final de março de 2022.