Guerra Rússia-Ucrânia

"Propusemos à China que se torne num parceiro", anuncia Zelensky

O Presidente da Ucrânia quer que a China seja um parceiro no diálogo para encontrar uma solução de paz. Zelensky diz que aguarda agora uma resposta da China ao convite que foi feito.

UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER

SIC Notícias

Lusa

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou esta terça-feira a visita a Kiev do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, um "poderoso defensor da ordem internacional" e disse aguardar "uma resposta da China" para um diálogo sobre o conflito na Ucrânia.

"Estou feliz por acolher em Kiev o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, um defensor verdadeiramente potente da ordem internacional e um amigo de longa data da Ucrânia", lê-se numa mensagem no Telegram.

Pouco depois, e no decurso de uma conferência de imprensa, Zelensky anunciou ter "convidado" a China a dialogar e disse "aguardar uma resposta", num momento em que o seu homólogo chinês está em Moscovo para reforçar a sua aliança com o líder russo Vladimir Putin.

"Propusemos à China que se torne num parceiro" para a busca de uma solução do conflito na Ucrânia, indicou Zelensky.

"Convidamo-lo ao diálogo, aguardamos a vossa resposta", acrescentou, ao indicar que até ao momento "recebeu sinais, mas nada de concreto".

O Presidente ucraniano também anunciou que vai participar, através de videoconferência, na cimeira do G7 prevista para maio em Hiroxima, no Japão.

"Aceitei o convite (...) e participarei na cimeira do G7 em Hiroxima num formato online'", declarou Zelensky no decurso da conferência de imprensa conjunta com Fumio Kishida.

NATO pede diálogo direto entre Xi Jinping e Zelensky

Em Bruxelas, o secretário-geral da NATO considerou que a China tem de dialogar diretamente com o Presidente da Ucrânia para, de facto, construir um acordo de paz duradouro, reconhecendo pontos positivos no plano de Pequim.

“A Ucrânia é que tem de decidir o que são condições aceitáveis para uma resolução pacífica”.

Questionado sobre a visita do Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, a Moscovo para uma reunião com o homólogo russo, Vladimir Putin, e a consideração por parte do Kremlin do plano de paz que Pequim apresentou, Stoltenberg considerou que primeiro a "China tem de perceber a perspetiva ucraniana e falar com o Presidente Zelensky se, de facto, está comprometida com a paz".

"É preciso lembrar que a China ainda não condenou a agressão russa", completou Stoltenberg.

Últimas