1 - VISITA DE XI À RÚSSIA É PELA “PAZ”, GARANTE PEQUIM
O Governo chinês garantiu que a visita de Xi Jinping à Rússia na próxima semana é para “incentivar a paz e promover negociações”. Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Pequim vai manter a sua “posição objetiva e imparcial” nas questões internacionais e regionais, incluindo sobre a invasão da Ucrânia. “A proposta da China resume-se a uma frase, que é pedir paz e promover negociações”, disse Wang Wenbin. A China estará a negociar com a Rússia enviar drones e munições para o conflito na Ucrânia. Pequim nega. Wang Wenbin sublinhou que a China manteve sempre uma atitude “prudente e responsável”, tendo controlado as exportações de bens militares e civis com uso duplo, de acordo com a lei. A cooperação económica e comercial entre a China e a Rússia é “aberta e transparente”, assegurou. Sem mencionar nomes, o porta-voz pareceu também criticar os EUA, afirmando que a China condena a aplicação de “sanções unilaterais e jurisdição de braço longo sem base no direito internacional e sem a autorização do Conselho de Segurança”. E acusou alguns estados de "duplo padrão” na venda de armas, acusando de estarem a “mandar achas para a fogueira” na questão da Ucrânia.
2 - PUTIN VISITA MARIUPOL PELA PRIMEIRA VEZ
O presidente russo fez visita “espontânea” à cidade que faz a ligação ao mar de Azov, conquistada pelos russos em maio passado, falou com residentes e prometeu a reconstrução do hospital. A Câmara Municipal de Mariupol condenou a visita de Putin: "Dizem que os criminosos são atraídos para o local dos seus crimes". Já o Ministério da Defesa da Ucrânia disse ser apropriado a escolha de Putin de visitar Mariupol à noite. "Como convém a um ladrão, (Putin) visitou Mariupol ucraniano, sob a capa da noite", escreveu o ministério no Twitter. “Primeiro, é mais seguro. Além disso, a escuridão permite-lhe destacar o que quer mostrar, e mantém a cidade, o seu exército completamente destruído e os seus poucos habitantes sobreviventes longe dos olhos curiosos.” "O criminoso de guerra veio ver com os seus próprios olhos o genocídio que cometeu em Mariupol?" Por que à noite? Terá ele medo?", perguntou. Também um deputado ucraniano reage à visita de Putin — a quem chama “criminoso de guerra”. Oleksii Honcharenko, questionou a altura escolhida por Putin para visitar Mariupol. "Veio ver com os seus próprios olhos o genocídio que cometeu?"
3 - PUTIN DIZ QUE NÃO ESTAVA “ANSIOSO” POR CONFRONTOS E ESPERA RESOLUÇÃO PACÍFICA
Putin voltou ao tema da anexação da Crimeia em 2014, um dos precedentes diretos do atual conflito armado, para afirmar que o seu país "simplesmente não podia dar uma espada ao povo da Crimeia quando este já estava a confrontar os nacionalistas".
4 - RÚSSIA ALARGA RECRUTAMENTO MILITAR A HOMENS ENTRE OS 21 E OS 30 ANOS
A informação foi avançada pelo Ministério da Defesa Britânico, que explica que os deputados russos submeteram uma lei que, se aprovada, entrará em vigor em janeiro de 2024.
Na base desta decisão está o facto de existirem homens entre os 18 e os 27 anos que “pedem isenção de recruta por estarem a frequentar educação superior”
5 - MINISTROS DA DEFESA E GENERAIS UCRANIANOS E AMERICANOS REUNIDOS POR VIDEOCONFERÊNCIA
Várias altas figuras do governo ucraniano reuniram-se por videoconferência com os seus homólogos norte-americanos, numa reunião virtual a que o próprio Volodymyr Zelensky também se juntou. Segundo explicou o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, na reunião estiveram o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov e várias altas patentes militares ucranianas, a que se juntaram o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, e o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan.
6 - GRUPO WAGNER PRETENDE RECRUTAR 30 MIL COMBATENTES ATÉ MAIO
Estima-se que os mercenários do Grupo Wagner tenham enviado para a Ucrânia cerca de 50 mil combatentes, incluindo cerca de 40 mil recrutados em prisões russas. O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, anunciou que o grupo se encontra a recrutar em 42 cidades com o objetivo de reforçar o seu exército particular após a pesadas perdas durante a conquista da cidade ucraniana de Bakhmut.
7 - KREMLIN DIZ QUE HÁ SINAIS DE ENVOLVIMENTO DIRETO DOS EUA NO CONFLITO COM A RÚSSIA
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirma que os ataques de drones — que aconteceram a semana passada — dos EUA sobre o mar Báltico são sinal de envolvimento direto dos EUA no conflito com a Rússia. “É bastante óbvio o que estes caças estão a fazer, e a sua missão não é de modo algum uma missão pacífica para garantir a segurança da navegação em águas internacionais”, disse Peskov.
8 - BOMBARDEAMENTOS RUSSOS MATAM TRÊS PESSOAS EM ZAPORÍJIA
Um ataque a um edifício residencial matou três pessoas, na região de Zaporíjia, no sul da Ucrânia. As forças russas dispararam foguetes "Grad" contra a aldeia de Kamianske, matando três pessoas e ferindo outras duas. Os feridos estão a receber assistência médica, avançou e a Administração Militar Regional de Zaporíjia. "O perigo para os civis na linha da frente não desaparece. O inimigo não tem sucesso no campo de batalha com as Forças Armadas Ucranianas, pelo que está deliberadamente a matar civis ucranianos", disse a administração militar. O Exército ucraniano diz ter matado 710 soldados russos nas últimas 24 horas.
9 - BRUXELAS ESPERA CHEGAR A ACORDO PARA MUNIÇÕES PARA KIEV
A União Europeia espera chegar a um acordo entre ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa que dê luz verde ao pacote de apoio extraordinário de mil milhões de euros para financiar em até 60%, através do Mecanismo de Paz Europeu, o envio de munições de 155 milímetros para a Ucrânia. O que se propõe é fornecer estas munições a Kiev com celeridade, retirando estas munições dos arsenais dos próprios países e assegurando posteriormente a reposição desses stocks. No entanto, neste momento ainda se discutem detalhes no âmbito do plano de compras conjuntas de munições de 155 milímetros, como se estas compras se devem limitar a material fabricado na Europa ou se se dará um papel central à Agência Europeia da Defesa em vez de serem coligações de países a renegociar os contratos com a indústria de armamento.
10 - LULA VISITA CHINA ENTRE 26 E 31 DE MARÇO
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vai visitar a China, entre os dias 26 e 31 de março. A visita do chefe de Estado brasileiro foi confirmada pelo porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying, através da rede social Twitter, depois de vários órgãos internacionais terem avançado a mesma informação no mês passado. A nota da porta-voz foi publicada em português e inglês. Diplomacia chinesa disse apenas que aguardava a visita de Lula da Silva o “mais cedo possível” e lembrou que o presidente do Brasil é um "velho amigo" do povo chinês. Durante os primeiros dois mandatos de Lula da Silva, entre 2003 e 2011, a relação comercial e política entre Brasil e China intensificou-se, marcada, em particular, pela constituição do bloco de economias emergentes BRICS, que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul.