A China mostrou-se esta quinta-feira preocupada com a escalada da guerra na Ucrânia e espera que Moscovo e Kiev voltem às negociações da paz.
"A China espera que todas as partes permaneçam calmas, racionais e contidas, e retomem as negociações de paz o mais rápido possível", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, ao homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, esta quinta-feira, durante um telefonema.
Qin acrescentou ainda que a China espera que a Ucrânia e a Rússia não fechem portas a uma solução política, independentemente do quão difícil e desafiadora possa ser a situação, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em comunicado.
Dmytro Kuleba, através do Twitter, informou que os dois discutiram o "significado do princípio da integridade territorial".
"Reforcei a importância da Fórmula da Paz [do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky] para acabar com a agressão e restaurar a paz justa na Ucrânia", escreveu Kuleba no Twitter.
Para a Ucrânia, qualquer plano para acabar com o conflito deve envolver a retirada das tropas russas e reposição das fronteiras como em 1991, ano em que a União Soviética foi dissolvida.
Já a China, que se absteve de condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia, pediu a ambos os lados que concordem com uma redução gradual da escalada que leve a um cessar-fogo abrangente.
O Presidente chinês, Xi Jinping, deverá visitar na próxima semana o homólogo russo, Vladimir Putin, e terá uma reunião virtual com Volodymyr Zelensky.
Segundo a Reuters, há analistas que dizem que será difícil para a China levar a Rússia e a Ucrânia à mesa de negociações, mas alguns acreditam que Xi Jinping poderia atuar como um "canal de apoio" para iniciar o ímpeto para as negociações.