O grupo de mercenários Wagner diz que a Rússia não vai aguentar o cerco em Bakhmut se os militares não receberem munições rapidamente. A tensão entre o grupo e o Kremlin continua a aumentar enquanto a situação no terreno se torna cada vez mais difícil.
Kiev garante que as forças russas ainda não controlam a cidade, mas admite a dificuldades nos combates.
O Ministério da Defesa britânico confirma que a Rússia não tem munições para esta guerra.
“Está por esclarecer que grau de veracidade tem essa guerra interna entre o grupo Wagner e o exército regular russo, pode haver algum tipo de exagero. Mas a verdade é que todos os relatórios mostram que os russos estão com problemas no terreno”, refere o comentador da SIC.
"O Ministério da Defesa britânico diz que os russos, sobretudo na frente de batalha não têm munições e estão a atacar com pistolas e pás, numa guerra de baixa tecnologia com um lado ainda mais medieval e de uma brutalidade que não imaginávamos na Europa".
O grupo Wagner tem avançado um pouco, reivindica o controlo da estação de comboio de Stupki, em Bakhmut, mas "Kiev continua a controlar o centro de Bakhmut, embora neste momento (a cidade) já esteja cercada pelos mercenários do grupo Wagner".
Os russos estão a atacar em cinco frentes em Donbass:
- Bakhmut
- Avdiivka
- Shakhtar
- Kupiansk e Lymansk - "uma área que será decisiva para se perceber na próxima fase da guerra quem é que terá o ascendente naquela zona de Kharkiv e Luhansk".
Alerta de ataque aéreo em todo o país
As sirenes voltam a soar em todo o território ucraniano, esta segunda-feira, devido à ameaça de ataque aéreo. Kiev afirma que há um elevado risco de bombardeamentos russos durante o dia de hoje.
“O tempo passa e a Rússia não consegue avançar no terreno (…) portanto, o que temos de esperar, infelizmente, é mais uma leva de ataques de mísseis russos, como aconteceu entre outubro e janeiro”.
Ministro da Defesa russo visita Mariupol
O ministro da defesa russo está hoje de visita a Mariupol, alvo das tropas russas no início da invasão, é controlada pela Rússia desde abril do ano passado.
A cidade portuária é crucial para as linhas de abastecimento russas. situada apenas 40 quilómetros da fronteira russa. A informação sobre a deslocação de Sergei Shoigu à cidade ucraniana foi divulgada esta segunda-feira pelo Ministério da Defesa russo.
“Putin nunca se dignou a ir à frente de batalha -mostra o grau de coragem que não tem, ao contrário de Zelensky”.