Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia em alerta vermelho devido ao receio de novos ataques aéreos

O alerta foi decretado em todas as regiões ucranianas por se temer uma escalada da ofensiva russa. Em Kharkiv registaram-se varias explosões, na manhã desta quarta-feira.

SIC Notícias

Durante a manhã desta quarta-feira, as sirenes voltaram a suar em Kiev, mas não só, o alerta sonoro foi emitido em várias cidades ucranianas. Todas as regiões ficaram sob alerta vermelho, incluindo Kharkiv, alvo de várias explosões nas últimas horas.

A dois dias de um ano da invasão em larga escala, as autoridades ucranianas receiam uma escalada da ofensiva russa. Só esta terça-feira, vários misseis sobrevoaram a região de Kherson, pelo menos um atingiu a zona movimentada no centro da cidade.

Uma residente relata que é uma sorte estar viva "Felizmente estamos vivos. Tivemos sorte, ao contrário dos que estavam na paragem de autocarro.", afirmou relativamente ao ataque que fez 6 mortos e mais de uma dezena de feridos.

No habitual discurso ao país, Zelensky reforçou que as tropas ucranianas continuam a resistir na linha da frente, no Donbass, mesmo em inferioridade numérica.

"Este ataque russo não teve qualquer objetivo militar, tal como milhares de outros ataques russos semelhantes, que são a verdadeira mensagem da Rússia para o mundo.", explicou no vídeo o presidente da Ucrânia.

A cidade de Bakhmut mantém-se como prioridade de Moscovo, a conquista da cidade seria uma vitória a assinalar pela Rússia no aniversário da ofensiva.

O chefe do grupo mercenário Wagner acusou as autoridades russas de terem parado de fornecer munições aos combatentes no Donbass. A informação foi, entretanto, desmentida pelo ministério da defesa. Perante o agravamento dos combates, a população continua a fugir da região.

"Não sabe o que sentem as pessoas? Quando abandonaram tudo aquilo pelo qual tanto trabalharam anos a fio? Abandonámos tudo.", perguntam duas residentes desesperadas.

Um ano depois da invasão, são muitas as estruturas arrasadas pelos combates. A Organização Mundial de Saúde documentou mais de 750 ataques a instalações de saúde.

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