Uma patrulha da Polícia de Fronteira da Moldávia encontrou destroços de um míssil russo no distrito de Briceni, na zona norte da Moldávia, perto da fronteira com a Ucrânia.
Segundo o Ministério do Interior moldavo, os fragmentos resultaram dos ataques aéreos à Ucrânia na madrugada desta quinta-feira. A Rússia disparou 36 mísseis contra território ucraniano, mas aproximadamente metade foram destruídos pela Ucrânia.
Segundo a agência de notícias Moldpres, o Ministério do Interior da Moldávia indicou que a área onde caíram os destroços foi rapidamente cercada, enquanto membros dos serviços de emergência e da Direção-Geral da Polícia se deslocaram para o local.
Esta foi a quarta vez que destroços de mísseis russos foram encontrados em território moldavo.
Sirenes soaram em várias cidades ucranianas
Na manhã desta quinta-feira, soaram as sirenes de alerta de ataque aéreo por todo o país – um aviso para que a população se proteja. As cidade de Kherson, Kharkiv, Zaporíjia e Lviv foram atingidas, assim como a maior refinaria de petróleo do país, em Kremenchuk.
"Outro ataque massivo de mísseis do Estado terrorista à infraestrutura civil na Ucrânia", disse o Ministério da Defesa através do Twitter.
Os ataques surgem depois dos países do ocidente prometerem aumentar a ajuda militar à Ucrânia. E, numa altura, em que a Rússia, amparada por dezenas de milhares de reservistas, intensifica os ataques terrestres no sul e no leste da Ucrânia.
Foco russo está em Bakhmut
O foco atual da Rússia está na pequena cidade de Bakhmut, em Donetsk, uma das duas regiões que compõem o Donbass - o coração industrial da Ucrânia - parcialmente ocupado pela Rússia.
Há vários meses que a Rússia está a tentar cercar Bakhmut com batalhas lideradas pelo grupo de Wagner. A maior parte da população da cidade, cerca de 70.000 pessoas, partiu depois de a guerra começar e ficaram praticamente apenas os soldados ucranianos.
A conquista de Bakhmut daria à Rússia um trampolim para avançar para outras duas cidades maiores, Kramatorsk e Sloviansk. Mas a Ucrânia diz que a tomada de Bakhmut seria uma vitória que causaria tantos danos à Rússia como ao exército ucraniano.
Ainda assim, e segundo a Reuters, o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, prevê que Bakhmut caia para o lado russo entre março e abril.
A Ucrânia continua a consumir rapidamente munições e pede mais armamento mais pesado, incluindo tanques e caças. Já os membros da NATO, que estiveram esta semana reunidos, vão reforçar a produção de armamento e prometeram mais ajuda.