Guerra Rússia-Ucrânia

O relato do enviado da SIC que viajou num dos primeiros autocarros que saiu de Portugal para a Ucrânia

Quase um ano após o início do conflito, João Tiago, enviado da SIC recorda o que viveu.

SIC Notícias

Na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou uma invasão militar em larga escala no leste da Ucrânia.

A caminho de um ano de guerra que provocou (e provoca) milhares de mortos, milhões de refugiados e cidades inteiras destruídas, o enviado da SIC que passou pelo terreno recorda histórias que vivenciou.

João Tiago, repórter da SIC, passou pela Ucrânia numa fase em que muitas pessoas estavam a fugir da guerra. Viajou num dos primeiros autocarros que saiu de Portugal para a Ucrânia.


"Procuramos o primeiro autocarro que trouxesse refugiados e acabamos por encontrar o primeiro a sair de Portugal com ucranianos que cá vivem e queriam regressar ao país para ajuda-lo".


Nesse autocarro iam cerca dos 20 ucranianos dos 30.000 residentes em Portugal, que abandonaram tudo para ir para o seu país de origem, quatro dias depois do início da guerra.

“Havia uma enorme incerteza”, mas ao mesmo tempo todos iam com a certeza de querer ajudar, seja o país, ou os familiares.


Os enviados SIC, ficaram na fronteira no lado da Hungria, devido ao clima de instabilidade que se vivia dentro da Ucrânia, onde chegavam por dia "mais de quatro mil pessoas", essencialmente mulheres e crianças que fugiam das invasões russas com desejo de irem para a Europa.

Recorda um dos muitos momentos que viu uma família se separar: os homens tinham a missão de ir para a guerra, deixando mulher e filhos para trás.


As estações ferroviárias viraram locais “de dor, separação”.

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