Guerra Rússia-Ucrânia

Um ano de guerra na Ucrânia: as palavras que entraram no nosso vocabulário

Doze meses depois do início da guerra, há palavras que fazem agora parte do vocabulário diário. Desde o nome de uma aplicação a um famoso grupo de mercenários.

SIC Notícias

Num ano de guerra na Ucrânia, novas palavras entraram no nosso vocabulário.

Telegram

É uma aplicação, mas também uma rede social, que já era usada por 80% dos russos e mais de metade dos ucranianos antes do início da guerra. Servia sobretudo para acesso a notícias, sem censura estatal, facto muito importante para os russos.

Nas horas em que se percebeu a iminência da invasão, o Telegram ganhou, de 23 para 24 de fevereiro de 2022, três milhões de novos utilizadores nos dois países.

No Telegram, Kiev ensinou a resistência ucraniana a fazer cocktails molotov e deu instruções às populações fronteiriças para colocar areia nos depósitos de combustível e assim avariar os tanques russos quando estes precisassem de reabastecimento.

Batalhão Azov

O batalhão Azov passou também a fazer parte do novo dicionário mundial de palavras associadas a esta guerra do século XXI.

É este grupo o responsável pela divulgação, através do Telegram, de imagens aéreas de alta qualidade captadas por drones de edifícios destruídos pela ofensiva russa e, depois, das missões de sucesso para reaver território para a Ucrânia.

Mas de onde vem o batalhão Azov? Ganha importância em 2014, quando separatistas pró-russos do Donbass, armados e apoiados por Moscovo, lutam para serem independentes da Ucrânia.

As forças armadas de Kiev, com pouco treino e mal apetrechadas, pouco conseguem fazer até à chegada deste batalhão composto por muitos dos chamados "Ultras" das claques de futebol.

Não tem sequer, no entanto, 2.500 homens.

Grupo Wagner

Já os mercenários do Grupo Wagner, fiel a Moscovo e aos interesses de Putin, podem ser entre os 20 e os 50 mil a combater em território ucraniano. Antes da invasão, eram apenas cinco mil.

O nome do grupo vem de Dmitri Utkin, o primeiro comandante, que usava o nome de código Wagner nas comunicações via rádio.

O líder é agora Yevgeny Prigozhin, que tem a alcunha de "chef" de Putin por ter fornecido serviços de catering ao Kremlin nos anos 90.

O grupo Wagner existe desde 2014, altura em que ajudou na anexação russa da Crimeia. Está também presente ao lado de regime ditatoriais na Síria, Líbia ou República Centro-Africana, onde defende interesses russos e apoia líderes locais.

O Grupo Wagner é apontado como o principal responsável pelos crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia, como a tortura e violação de civis.

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