Guerra Rússia-Ucrânia

"A prioridade russa é o Donbass mas pontualmente vai bombardeando posições para desmoralizar os ucranianos"

A análise do comentador da SIC Germano Almeida à situação no terreno na guerra na Ucrânia.

Germano Almeida

SIC Notícias

A Rússia garante ter tomado uma localidade estratégica no Donbass que lhe poderá dar acesso a Bakhmut, o último reduto relevante ainda nas mãos das forças de Kiev.

"Todo o território ucraniano está sob alerta de ataque aéreo. Nas últimas 24 horas foram registados 32 ataques, pelo menos 325 mil casas danificadas ou destruídas. Na frente de batalha o foco dos russos continua a ser tentar Bakhmut. Não propriamente invadir, mas pelo menos cercar, embora ainda esteja longe de o fazer".

Mesmo que os russos consigam cercar Bakhmut, “os ucranianos têm pelo menos mais umas três linhas de defesa em Donetsk, e Sloviansk”, explica Germano Almeida.

"A frente de batalha é de facto no Donbass. A prioridade russa na frente de batalha é o Donbass (...) mas pontualmente vai bombardeando posições da Ucrânia para divergir a atenção ucraniana - e desmoralizar os ucranianos - e atingir infraestruturas críticas".


NATO discute envio de aviões para a Ucrânia

Os ministros da Defesa da NATO reúnem-se hoje em Bruxelas com os homólogos da Ucrânia, Suécia e Finlândia. O conflito entre Kiev e Moscovo é um dos principais temas na agenda. A NATO quer ainda debater o reforço da defesa do espaço aéreo, dias depois de objetos não identificados terem sido abatidos nos Estados Unidos e no Canadá.

Uma das ideias em cima da mesa é do ministro ucraniano: a criação de uma plataforma de aviões de combate capazes de proteger os céus da Ucrânia.


A importância da Moldávia

A Presidente da Moldávia acusou a Rússia de conspirar para derrubar o governo do país. Maia Sandu confirma a veracidade da denúncia, feita por Zelensky na semana passada de que o Kremlin tem como objetivo desestabilizar a Moldávia.

Na segunda-feira, as autoridades moldavas confirmaram a existência do plano que inclui operacionais russos, bielorrussos, sérvios e montenegrinos. Teriam como missão provocar protestos populares que façam cair o governo democrático e substitui-lo por um governo controlado por Moscovo.

"A Moldávia é um país pequeníssimo, mas é vizinho da Ucrânia (...) os russos têm posição militar na Transnístria. O modus operandi russo (passa por) minar as democracias (...) e está a fazê-lo com destabilização, com sabotagem (...) forçando a mudança de podes em Chisinau".

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