Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: grupo Wagner anuncia conquista de cidade perto de Bakhmut

O grupo Wagner foi criado por um homem de confiança do Presidente Vladimir Putin e dedica-se a combater em conflitos nos quais a Rússia é parte interessada.

Libkos

Lusa

SIC Notícias

Os mercenários do grupo russo Wagner asseguraram este domingo que tomaram uma nova localidade nas imediações do bastião ucraniano de Bakhmut, na região oriental de Donetsk.

"Hoje as unidades do exército Wagner conquistaram a localidade de Krásnaya Gorá", informou a empresa militar privada na rede social Telegram.

Na publicação vê-se um vídeo onde vários mercenários posam junto a um sinal com o nome dessa localidade que fica a 10 quilómetros de Bakhmut.

O grupo Wagner, que pretendia atacar Bakhmut desde meados de 2022, negou este domingo que a Rússia tenha enviado forças regulares para esta localização e que seus homens tenham sido transferidos para a frente sul.

"Não há nenhuma unidade especial. Num raio de mais ou menos 50 quilómetros estão apenas os soldados do grupo Wagner que conquistaram Bakhmut", disse Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo.

Prigozhin também negou ter invadido Vuhledar, outra grande cidade ucraniana mais ao sul de Donetsk, na tentativa de cercar as tropas ucranianas.

"Não estamos nem no Norte nem no Sul", disse.

As tropas russas intensificaram nos últimos dias a ofensiva terrestre, bem como os bombardeamentos aéreos e ataques de artilharia contra posições ucranianas no Donbass e na região vizinha de Kharkiv.

Segundo várias fontes ucranianas e ocidentais, estes seriam os primeiros passos da grande ofensiva ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para obter o controlo das quatro regiões anexadas em setembro, especialmente Donetsk.

O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksy Danilov, disse no sábado à noite que Moscovo já havia iniciado a "grande ofensiva", mas que enfrentaria "grandes problemas".

"A ofensiva que eles planeavam está a avançar aos poucos. Mas não é a ofensiva que eles esperavam", assegurou, em declarações à televisão pública ucraniana.

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