O escudo antimíssil que Itália e França vão fornecer à Ucrânia deverá estar operacional no país dentro de sete a oito semanas, anunciou o chefe da diplomacia italiana, António Tajani.
O sistema destina-se a proteger a capital ucraniana, Kiev, e outras zonas estratégicas dos bombardeamentos russos, disse Tajani à televisão italiana RAI.
"Acredito que estará operacional em território ucraniano dentro de algumas semanas, 7-8 semanas", afirmou Tajani, citado pela agência italiana ANSA.
Trata-se do sistema antimíssil SAMP/T, desenvolvido pela Eurosam, um consórcio franco-italiano em que participa a Thales, um grupo francês que atua na área da defesa e segurança.
Para que serve este sistema?
O sistema foi concebido "para proteger o campo de batalha e locais táticos sensíveis (tais como aeroportos e portos marítimos) contra todas as ameaças aéreas atuais e futuras, incluindo mísseis de cruzeiro, aviões tripulados e não tripulados e mísseis balísticos táticos na classe de alcance de 600 quilómetros", de acordo com a mesma fonte.
Operacional desde 2011, o sistema dispara mísseis de um veículo com um alcance de até 120 quilómetros.
A Ucrânia tem solicitado armamento aos seus aliados ocidentais, incluindo sistemas de defesa aérea para tentar intercetar mísseis e drones com que a Rússia tem destruído muitas infraestruturas vitais do país.
As armas enviadas para a Ucrânia, a par das abandonadas pelas forças russas, têm permitido às tropas ucranianas defender-se dos ataques e lançar contraofensivas que obrigaram a recuos dos invasores russos.
A Rússia tem advertido que vê os fornecimentos de armamento à Ucrânia pelos aliados ocidentais de Kiev como uma escalada no conflito.