Guerra Rússia-Ucrânia

Ministro húngaro culpa sanções da UE pela crise energética

O governo húngaro liderado pelo nacionalista Viktor Orbán já criticou várias vezes as sanções contra a Rússia adotadas no quadro da invasão da Ucrânia.

O ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Externo da Hungria, Peter Szijjarto
MARTIN DIVISEK

Lusa

O ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Externo da Hungria, Peter Szijjarto, reiterou que as sanções da União Europeia contra a Rússia provocaram a atual crise energética.

"As sanções erráticas de Bruxelas geraram uma crise energética na Europa", declarou Szijjarto num texto que publicou na plataforma digital Facebook antes do início de uma reunião de ministros da Energia, que vai decorrer hoje em Praga.

Não são apenas os preços, mas também as propostas da Comissão Europeia "que se afastaram da realidade", disse ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, acrescentando que é necessário "senso comum" sobre o assunto.

Szijjarto representa a Hungria na reunião informal dos ministros da Energia em Praga onde vão ser analisados os preços da energia.

"Esperemos que a reunião decorra sem 'novas' e 'magníficas' propostas de Bruxelas", ironizou ainda o membro do governo de Budapeste.

O governo húngaro liderado pelo nacionalista Viktor Orbán já criticou várias vezes as sanções da União Europeia contra a Rússia adotadas no quadro da invasão da Ucrânia.

Apesar das críticas, a Hungria aprovou as sanções que têm sido aplicadas por Bruxelas. Orbán é apontado como o "melhor aliado" de Moscovo no bloco europeu, sendo que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria vai participar nos próximos dias em Moscovo na reunião que tem como mote "Semana russa de energia".

Além de participar na reunião, Szijjarto vai manter negociações com a empresa estatal de energia russa, Gazprom. A Hungria compra à Rússia 85% do gás e 65% do petróleo que consome.

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