Um dia antes de quatro regiões ucranianas parcialmente sob domínio russo irem a referendo para futura anexação, Kiev e Moscovo levaram a cabo uma inesperada troca de prisioneiros.
Com a mediação da Turquia e da Arábia Saudita, a troca envolveu ao todo quase 300 pessoas: 55 entregues pela Ucrânia à Rússia, entre as quais o empresário Viktor Medvedtchuk, aliado de Vladimir Putin. Só pela troca deste homem terão sido entregues à Ucrânia 200 prisioneiros.
Ainda outros 15 passaram de mãos russas para ucranianas, numa audiência filmada com o Presidente Zelensky. Entre eles estão, por exemplo, o comandante do regimento Azov ou o famoso fotógrafo de Azovstal, presentes na defesa de Mariupol e depois na prisão de Olenivka.
Mas há também mulheres grávidas e 10 combatentes estrangeiros, entre os quais um marroquino e os dois britânicos condenados à morte por um tribunal pró-russo da região separatista de Donetsk.
Do lado russo, as autoridades dizem que a troca esteve para não acontecer devido aos referendos que Moscovo está a organizar em quatro regiões ucranianas com vista à futura anexação.