As defesas antiaéreas junto à central nuclear de Zaporijia, na Ucrânia, vão ser reforçadas nos próximos dias, segundo avança a agência de notícias russa RIA, que cita um oficial separatista.
Yevgeny Balitsky, chefe da administração apoiada pela Rússia na região de Zaporijia, avançou que a central nuclear estava a trabalhar normalmente.
O líder separatista adiantou ainda que as linhas de energia, anteriormente danificadas, já foram restauradas.
Kiev e Moscovo acusam-se mutuamente de ataques contra a central nuclear, que está localizada numa zona controlada pela Rússia.
Zaporijia: a nova Chernobyl?
A Agência de Energia Atómica já alertou para os riscos.
A Rússia permite a entrada de inspetores em Zaporijia, central que representa nesta altura o maior problema da guerra. A Agência de Energia Atómica alerta para os riscos de uma nova Chernobyl.
Imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia foram usadas para acusar a Ucrânia de ter bombardeado no fim de semana a central nuclear de Zaporijia. O Kremlin apelou já ao Ocidente para que pressione os ucranianos a pararem os ataques.
A Rússia anunciou ainda que aceita a entrada de inspetores internacionais nas instalações da central.
Kiev devolveu as acusações. Fala antes em crime e em terrorismo nuclear. Em Enerhodar, a cidade mais próxima, a população teme já o pior.
Com seis reatores, Zaporijia é a maior central nuclear da Europa e uma das maiores do mundo. Foi ocupada pelas tropas russas em março passado e mantém-se em funcionamento com operários ucranianos.