O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, está de visita à zona leste da Polónia, junto à fronteira com a Ucrânia, prometendo mais tropas americanas no país e anunciando um pacote de 2,7 milhões de dólares em ajuda humanitária. Para além disso, ainda se encontrou com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano para prometer mais apoio ao país em guerra.
As I depart, I extend my thanks to Foreign Minister @RauZbigniew and the Polish people for your generosity. Poland is a key @NATO Ally and an important partner, and we will work together to respond to Russia's aggression in Ukraine and provide assistance tothe Ukrainian people. pic.twitter.com/QQ8kmgypC6
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) March 6, 2022
Antes de se deslocar à Moldávia, Antony Blinken encontrou-se com o responsável diplomático ucraniano, Dmytro Kuleba, na fronteira polaca.
Estando a criação de uma zona de exclusão aérea fora de questão para a NATO, Blinken apontou outros caminhos, como o fornecimento de aviões de caça a Kiev, e realçou que “o apoio humanitário, económico e securitário vai aumentar”.
Kuleba ainda agradeceu o que chamou de “clara demonstração de amizade” por parte daqueles que estão ao lado dos ucranianos.
VISITA ACONTECE “NUM DOS MOMENTOS MAIS URGENTES NA LONGA HISTÓRIA DOS DOIS PAÍSES”
O secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou o pacote de ajuda que a administração de Joe Biden pretende ver aprovado pelo Congresso norte-americano, tendo já feito essa solicitação à Câmara.
O chefe da diplomacia norte-americana já se reuniu com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Zbigniew Rau, depois de ter participado numa reunião da NATO (aliança militar do Atlântico) e num Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.
Blinken disse que a sua visita à Polónia acontece “num dos momentos mais urgentes na longa história entre os dois países” e que o envio de militares norte-americanos para o país vai continuar.
Rau afirmou que a Polónia já recebeu mais de 700 mil refugiados da Ucrânia e que espera acolher centenas de milhares mais nas próximas semanas, a menos que a Rússia recue.
Após o encontro com Blinken, o primeiro-ministro da Polónia disse que concordaram na necessidade de fortalecer a NATO a leste e reforçar também a arquitetura de segurança da Europa.
A Polónia pretende ter mais tropas americanas no país, onde já estão mais de 10 mil soldados.
As discussões passaram também pelo agravamento das sanções e congelamento de bens da Rússia, o que Morawiecki disse dever ser “esmagador” para a economia russa, defendendo que nenhum banco deve ficar de fora da exclusão do sistema SWIFT (de pagamentos e transações bancárias internacionais). Os maiores bancos russos continuam a integrar o sistema.
Ainda que a NATO tenha recusado estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, aumentou de forma significativa a assistência militar e humanitária.
Com LUSA
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