Barack e Michelle Obama condenaram, esta quinta-feira, a invasão da Rússia à Ucrânia, considerando-a “ilegal” e afirmando que constitui uma “ameaça à fundação da ordem internacional e da segurança“.
“A Rússia fez isso, não porque a Ucrânia representa uma ameaça para a Rússia, mas porque as pessoas da Ucrânia escolheram o caminho da soberania, autodeterminação e democracia. Por exercer direitos que deviam estar disponíveis para todas as pessoas e nações, a Ucrânia enfrentam um brutal ataque que mata inocentes e provoca um sem número de homens, mulheres e crianças deslocados”, escreveram num comunicado partilhado no Twitter.
BREAKING: Former Pres. Barack Obama: “Michelle and I will be praying for the courageous people of Ukraine, for Russian citizens who have bravely declared their opposition to these attacks, and for all those who will bear the cost of a senseless war.” https://t.co/LMHCfsVaRr pic.twitter.com/yVwSfdWWkE
— ABC News (@ABC) February 24, 2022
O casal Obama sublinha que, nos últimos tempos, se tem assistido a um aumento do autoritarismo, que coloca “atacam as ideias democráticas, as leis, a igualdade, a liberdade individual, a liberdade de expressão e de religião e a autodeterminação”. Avançam ainda que que esta invasão mostra “onde é que estas tendências perigosas conduzem – e porque não podem ficar sem ser contestadas”.
“Há algum tempo que temos vindo a enfrentar uma decisão entre um mundo em que o poder domina e os autocratas são livres para impor a sua vontade pela força, ou um mundo em que as pessoas são livres em todo o lado e têm o poder de determinar o seu próprio futuro.”
E deixam um apelo aos cidadãos norte-americanos: para que apoiem os esforços do Presidente Joe Biden na aplicação de sanções económicas à Rússia.
“Poderá haver algumas consequências económicas para essas sanções, devido ao significativo papel da Rússia no mercado energético. Mas esse é o preço que devemos estar disponíveis a pagar para marcar uma posição ao lado da liberdade“, escrevem.
O antigo Presidente norte-americano e a mulher dizem estar a “rezar pelas corajosas pessoas da Ucrânia, pelos russos que corajosamente declararam a sua oposição a estes ataques e pelos que vão pagar o custo de uma guerra sem sentido”.
Conflito Rússia-Ucrânia
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