Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: dois mortos e 12 feridos desde o avanço de tropas russas para territórios separatistas

Kremlin insiste, contudo, que se trata apenas de uma operação de manutenção de paz.

As tropas russas avançaram para os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk assim que o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a independência do Donbass. No entanto, já dois soldados ucranianos morreram e 12 ficaram feridos na noite desta segunda feira.

Assim que Vladimir Putin anunciou a independência das regiões separatistas, as tropas russas avançaram para os territórios de Donetsk e Lugansk.

As agências internacionais noticiam a presença de colunas de veículos militares nos arredores de Donetsk e os jornalistas no local garantem que, até então, não tinham visto tanques nas ruas. A informação foi confirmada por um representante da autoproclamada república de Donetsk.

De acordo com as agências internacionais, esta segunda-feira, colunas de veículos militares transportaram armamento para a fronteira russa de Avilo-Uspenka. 

O Presidente russo insiste que as tropas russas nas regiões separatistas têm como missão a manutenção da paz, mas os Estados Unidos respondem que a alegação é absurda e que os objetivos da Rússia são outros e são óbvios.

Nas últimas 24 horas, as forças ucranianas registam mais de 80 violações do cessar-fogo por parte dos separatistas, 64 com armas proibidas pelos acordos de Minsk. Dois soldados morreram e 12 ficaram feridos. 

Atingida por projéteis, a escola secundária n.º 105 de Donetsk ficou parcialmente destruída nos combates de 2014 e 2015, apenas restaurada em 2017. Cinco anos depois, as aulas voltam a estar suspensas, depois do teto ruir esta segunda-feira, num bombardeamento dos separatistas.

A população juntou-se para reconstruir a escola, mas as aulas não deverão recomeçar tão cedo. Boa parte dos professores e mais de 30% dos alunos partiram com as familías nos últimos dias.

Em Donetsk, dezenas de casas foram atingidas nos últimos dias e várias povoações ficaram sem água e eletricidade. Um civil morreu, e só os habitantes mais idosos recusam a ideia de partir. 

As forças separatistas pró-Rússia controlam cerca de um terço de Donetsk e Lugansk, e, nestas zonas do Donbass, foram muitos os que esta segunda-feira celebraram o anúncio de Vladimir Putin.

No entanto, a declaração poderá não significar o fim de um conflito que, em 8 anos, matou cerca de 14 mil pessoas.

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