Milhares de pessoas com bandeiras e outros símbolos da Palestina invadiram este domingo as ruas de Madrid por onde deveria passar o circuito final da última etapa da 80.ª Volta a Espanha em bicicleta. Mais tarde, soube-se que os manifestantes conseguiram parar definitivamente a Vuelta, impedindo que a última etapa chegasse ao fim e que o campeão Jonas Vingegaard e o seu 'vice', o ciclista português João Almeida, fossem consagrados no pódio final.
Os manifestantes derrubaram as barreiras de segurança que cercavam o Passeio do Prado, entre a zona da meta e a estação da Atocha, e iniciaram uma marcha gritando "não é uma guerra, é um genocídio". A invasão do circuito levou os ciclistas a pararem a marcha a 56 quilómetros da meta.
Os protestos versam a participação na prova da equipa israelita Israel-Premier Tech.
A 80.ª edição da Volta a Espanha, na qual o português João Almeida é segundo classificado, termina hoje em Madrid.
Manifestações impediram a consagração dos vencedores
Os protestos pró-Palestina impediram que a última etapa da Volta a Espanha chegasse ao fim e que o campeão Jonas Vingegaard e o seu 'vice', o ciclista português João Almeida, fossem consagrados no pódio final.
Embora o dispositivo de segurança na capital espanhola fosse o maior de sempre num evento desportivo e o maior desde a cimeira da NATO, em 2022, ninguém conseguiu travar os manifestantes, que invadiram o circuito final da etapa e 'travaram' o pelotão.
A última imagem que se viu do campeão Vingegaard nesta Vuelta foi a do camisola vermelha a entrar no carro da sua Visma-Lease a Bike, com o pelotão a desmobilizar por completo e a ficar privado da festa de consagração "por motivos de segurança", como confirmou a organização tardiamente numa publicação nas redes sociais.
Assim, João Almeida ficará sem uma memória gráfica do seu melhor resultado de sempre numa grande Volta: foi segundo, a 01.16 minutos do dinamarquês, e igualou Joaquim Agostinho, que também foi vice-campeão da Vuelta em 1974.
Este é o segundo pódio do ciclista da UAE Emirates, de 27 anos, numa prova de três semanas, após ter sido terceiro no Giro2023, posição que nesta edição da Volta a Espanha foi ocupada pelo britânico Thomas Pidcock (Q36.5), que ficou a 03.11 de Vingegaard.