Guerra no Médio Oriente

Benjamin Netanyahu sob pressão após ataque a hospital e morte de jornalistas em Gaza

O Governo israelita afirma que a morte de cinco jornalistas foi um acidente trágico. O ataque a um hospital em Gaza, que matou 20 pessoas, já foi condenado pela ONU, União Europeia e pela China. Benjamin Netanyahu tenta justificar-se, num dia de manifestações que pedem o fim da guerra em Gaza e a libertação dos reféns ainda nas mãos do Hamas.

Joana Latino

À porta do hospital atacado ontem por Israel, duas vezes consecutivas, na mesma zona onde trabalhavam de forma habitual repórteres de agências internacionais, junta-se uma multidão em estado de choque e indignação.

As agências noticiosas que contratavam os jornalistas já reagiram. A Associated Press (AP) diz que vai continuar a proteger os repórteres que tem no terreno, pois são testemunhas diretas fundamentais.

A Al Jazeera fala do sangue mártir dos jornalistas, e a Reuters diz que já pediu mais informações sobre o ataque a Israel, que respondeu nas redes sociais do primeiro-ministro, lamentando profundamente o acidente trágico no Hospital Nasser em Gaza.

China, União Europeia e ONU relembram que as convenções internacionais proíbem ataques a hospitais e a jornalistas. Na Europa, só a Alemanha diz acreditar, com os dados que tem, que o ataque ao hospital não tinha como alvo jornalistas ou pessoal médico.

Quem já não acredita no primeiro-ministro israelita é uma fatia significativa da população de Israel. O Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos do ataque de 7 de outubro de 2023.

E, para pressionar, o Fórum convocou manifestações nacionais para esta terça-feira em Israel, manifestações que são cada vez mais expressivas e que passaram por passeatas e pelo corte de estradas com pneus em chamas.

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