Um novo ataque de Israel a um hospital no sul da Faixa de Gaza provocou pelo menos 20 mortos, incluindo cinco jornalistas. O cessar-fogo não avança e a ofensiva continua, enquanto a crise humanitária se agrava.
Luís Ribeiro, comentador da SIC Notícias, explica que “aparentemente houve dois ataques sucessivos no mesmo local”. Depois do primeiro bombardeamento, “as equipas de socorro e os jornalistas foram fazer o seu trabalho, quando chegou um segundo ataque”.
“É um crime de guerra e uma tática usada pela Rússia, que tanto criticamos. Não podemos ter dois pesos e duas medidas. São táticas terroristas”, frisa o jornalista, lembrando que a guerra em Gaza, que já matou 217 jornalistas, é também um “ataque a liberdade de imprensa”.
"Não há alternativa"
Luís Ribeiro mostra um mapa com as zonas onde já foram emitidas ordens de evacuação - quase todo o território - e lembra que "a 16 de maio houve uma ordem de evacuação que correspondeu a 43% da Faixa de Gaza".
"Não há alternativa para as pessoas. Israel e EUA estão a negociar com outros países para receber o que eles chamam refugiados palestinianos. Mas não são refugiados coisa nenhuma, estão a ser empurrados para fora. Isto é a definição de limpeza étnica".
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que 62 mil pessoas já perderam a vida no enclave desde o início do conflito, que começou há quase dois anos.