Guerra no Médio Oriente

Gaza afunda-se no desespero: Nações Unidas dizem que situação fere a dignidade humana

Além dos bombardeamentos, fome e devastação, estima-se que cerca de quatro mil crianças tenham sofrido amputações desde o início da ofensiva israelita, um número sem precedentes em zonas de guerra.

Sofia Arêde

As Nações Unidas confirmaram que, nas últimas seis semanas, pelo menos 875 pessoas morreram em Gaza enquanto tentavam aceder a locais de distribuição de ajuda humanitária.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a situação como uma ferida aberta na dignidade humana e apelou, uma vez mais, a um cessar-fogo permanente.

Para além dos bombardeamentos constantes, da fome generalizada e da devastação quase total do território, há outra dimensão da tragédia a marcar de forma brutal o conflito: a das crianças amputadas.

Segundo estimativas das Nações Unidas, desde o início da ofensiva militar israelita, cerca de quatro mil crianças terão sofrido amputações em Gaza. O número é inédito. Não há registo, em nenhuma outra zona de guerra no mundo, de uma realidade semelhante.

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