Guerra no Médio Oriente

"Estamos nesta cenografia da possibilidade de se chegar realmente a uma cessação das hostilidades"

"Se efetivamente o Presidente Trump conseguiu que as duas partes fizessem comunicados oficiais a dizerem que aderiam a um acordo de cessar-fogo, nós não podemos diminuir a importância disto e, de certa maneira, manter a expectativa de que isto se vá poder manter", afirma o embaixador Jorge Torres-Pereira, representante de Portugal junto da Autoridade Palestiniana.

SIC Notícias

O cessar-fogo entre Israel e o Irão durou cerca de hora e meia. Telavive diz que vai responder com força a um ataque iraniano já depois das duas partes terem aceitado o cessar-fogo. Teerão diz que não é verdade, negando qualquer ataque. Antes ainda de Donald Trump ter anunciado um cessar-fogo entre os dois países, o Irão disparou um míssil sobre uma área residencial israelita que causou quatro mortes.

"Cada um das duas partes quer ser a ter a última palavra, isto é, ser o último a desferir um ataque contra o campo adverso", explica Jorge Torres-Pereira, representante de Portugal junto da Autoridade Palestiniana.
"Aqui o que está em causa é que aparentemente as partes acordaram numa certa diferença de horas entre os ataques de lado a lado, e de certa maneira cada um das duas partes quer ser a ter a última palavra, isto é, ser o último a desferir um ataque contra o campo adverso", acrescenta.

O embaixador Jorge Torres-Pereira admite que "é com desconfiança que olha para este anúncio de cessar-fogo quando nos últimos instantes já damos conta de ataques e retaliações".

"Devo dizer que haver violações de cessar fogo nos tempos iniciais ou mesmo num período inicial de alguns dias depois de uma data fixada ou de uma hora fixada não é fora do normal", realça também.

O representante de Portugal junto da Autoridade Palestiniana mostra-se otimista e afirma: "É evidente que haverá sempre este risco de ataque e retaliação. No entanto, chamaria a atenção que o último ataque, aparentemente iraniano, foi só de um único míssil. Acho que estamos aqui nesta cenografia da possibilidade de se chegar realmente a uma cessação das hostilidades".

"Se efetivamente o Presidente Trump conseguiu que as duas partes fizessem comunicados oficiais a dizerem que aderiam a um acordo de cessar-fogo, nós não podemos diminuir a importância disto e, de certa maneira, manter a expectativa de que isto se vá poder manter".

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