Henrique Burnay, analista em assuntos europeus e Luís Ribeiro, comentador da SIC, avaliam a entrada em vigor do cessar-fogo anunciado pelos Estados Unidos. Questionados sobre a fragilidade deste acordo, tendo em conta os objetivos que Israel garante ter atingido, Luís Ribeiro questiona as certezas anunciadas pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. Também Henrique Burnay recomenda cautela na avaliação dos acontecimentos.
"Não temos a certeza e eu tenho toda a certeza que Netanyahu não tem certeza nenhuma. Pelo contrário, nós sabemos que os serviços de informação israelitas são dos melhores do mundo e tudo aquilo que nós temos estado a ver até agora contradiz aquele discurso de vitória imediato, minutos depois dos ataques americanos de Donald Trump", sublinha Luís Ribeiro.
Por seu lado, Henrique Burnay também considera que a situação requer cautela. "Eu teria cautela a ver o que é que se está a passar. Ou se quisermos, nestes últimos dois dias".
"Há algumas coisas que parecem evidentes. Primeiro, o 7 de outubro foi absolutamente trágico para o Irão. A consequência subsequente é que Israel tomou a decisão de tentar aniquilar todas as forças que os seus adversários à volta tivessem e isso deixou o Irão extremamente fragilizado", realça o analista em assuntos europeus.
Este é um dos temas em foco na análise da atualidade internacional esta manhã, na SIC Notícias. Henrique Burnay e Luís Ribeiro avaliam também os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e a cimeira da NATO, que decorre na cidade holandesa de Haia, esta terça e quarta-feira, prevendo-se novo compromisso entre os aliados para gastarem mais em defesa face à instabilidade geopolítica mundial.