Guerra no Médio Oriente

Fordow: uma fortaleza nuclear escondida debaixo de uma montanha

Construído a oitenta metros de profundidade e blindado com múltiplas camadas de betão armado e aço, o complexo nuclear de Fordow foi um dos alvos de Donald Trump.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Marisabel Neto

O complexo nuclear de Fordow foi uma das três instalações nucleares atacadas pelos Estados Unidos esta madrugada. Era um dos alvos de Israel há vários dias.

Localizadas a cerca de 200 quilómetros a sul de Teerão, estas instalações foram escavadas numa montanha de granito. O acesso é feito por cinco túneis e as salas mais importantes para o programa nuclear iraniano foram construídas a mais de 80 metros de profundidade.

Blindada com múltiplas camadas de betão armado e aço esta espécie de fortaleza nuclear estava preparada para resistir a quase tudo.

Estima-se que contivessem três mil centrifugadoras essenciais ao enriquecimento de urânio, necessário para produzir armas nucleares.

Fordow tem sido uma peça-chave no xadrez político mundial por ter servido, até agora, ao Irão como ameaça em negociações com os Estados Unidos, a Europa e a ONU.

A central começou a ser construída em em 2006, mas só depois de ter entrado em funcionamento em 2009, é que foi tornada pública, o que motivou críticas das potências ocidentais.

Sem capacidade bélica para a atacar, Israel apelou à ajuda dos Estados Unidos, o único país detentor dos aviões furtivos capazes de transportar as bombas de penetração maciça para perfurar o exterior da montanha.

Na madrugada deste domingo, os ataques norte-americanos terão destruído “completamente” os alvos, de acordo com Donald Trump, mas a Mehr, agência de notícias iraniana, não confirma.

Os peritos avisaram que um ataque às instalações de Fordow poderia libertar para a atmosfera radioatividade que afetaria toda a região.

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