Sucedem-se as reações internacionais à escalada do conflito entre Israel e o Irão, com o Presidente turco a dizer que o primeiro-ministro israelita já ultrapassou Hitler no que ao crime de genocídio diz respeito. França e Alemanha estão divididas no apoio à ação militar contra o regime dos Ayatollah.
À saída do G7, no Canadá, esta terça-feira, as duas maiores potências da União Europeia falavam vozes diferentes e desafinadas.
Macron vê no programa nuclear iraniano uma ameaça existencial para a Europa, mas quer impedi-lo pelo diálogo, não pela guerra, e nem falem ao Presidente francês de mudança de regime em Teerão.
E Macron não considera boa ideia os americanos envolvidos no conflito. Para tentar convencer Trump, o Presidente francês lembrou até intervenções militares que implicaram os Estados Unidos e a NATO e que são consideradas um desastre por grande parte da opinião pública americana.
“Alguém acha que o que foi feito no Iraque em 2003 foi uma boa ideia? Alguém acha que o que foi feito no Iraque em 2003 foi uma boa ideia?”, questiona.
Já o que pensa o chanceler da Alemanha sobre os ataques israelitas contra o Irão quase que se pode resumir numa frase: o oposto do que considera Macron. Friedrich Merz agradece até aos israelitas a intervenção militar.
Erdogan som o tom contra Netanyahu
Mas dentro da Aliança Atlântica há quem reconheça ao Irão, inimigo maior dos americanos, o direito de atacar Israel. O primeiro-ministro turco sobe o tom contra Netanyahu.
"Netanyahu há muito que deixou o cruel (Adolf) Hitler para trás no que respeita ao crime de genocídio. O Irão defender-se contra o banditismo de Israel, este terrorismo de Estado, é um direito extremamente natural, legítimo e legal”, considera TaypErdogan.
Já o Presidente russo veio oferecer-se para mediar o conflito entre israelitas e iranianos, garantia deixada esta quarta-feira pelo Kremlin, que arrisca perder o regime aliado de Teerão.