O anúncio da operação especial das forças israelitas que permitiu resgatar os corpos de Judy e Gad Haggai foi feito nas redes sociais pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O casal morreu a 7 de outubro durante o ataque do Hamas no Sul de Israel e os corpos foram levados para Gaza, onde, 20 meses depois, estão ainda 56 reféns, dos quais 33 declarados mortos.
Apesar da pressão dos familiares e da opinião pública israelita, largamente favorável a um acordo de cessar-fogo que permita o regresso de todos os reféns e o fim da guerra, Benjamin Netanyahu não dá sinais de querer alterar a estratégia para Gaza.
Netanyahu acusado de armar milícia de Gaza
A oposição acusa o primeiro-ministro de estar a utilizar a guerra para se manter no poder e de colocar em risco a segurança de Israel.
Tem agora uma oportunidade para explorar este argumento depois do antigo ministro da Defesa, Avigdor Liberman, ter revelado que Benjamin Netanyahu autorizou a distribuição de armas por uma milícia palestiniana de Gaza, com ligações ao Estado Islâmico e que se opõe ao Hamas.
A revelação caiu como uma bomba em Israel e não foi negada pelo gabinete do primeiro-ministro, que terá justificado este financiamento de risco como mais um instrumento na luta contra o Hamas.
Greta Thunberg leva ajuda humanitária a Gaza
À oposição interna, acresce a pressão internacional que a ativista sueca Greta Thunberg, a bordo de um navio humanitário a caminho de Gaza, considera insuficiente e ineficaz. O navio transporta ajuda humanitária e uma mensagem contra as ações de Israel no território palestiniano.
Esta quinta-feira, o navio desviou-se da rota por indicação da agência fronteiriça da União Europeia para socorrer uma embarcação em dificuldades.
Quatro migrantes resgatados do Mediterrâneo seguem agora a bordo do Madleen, que deverá chegar ao largo de Gaza este fim de semana.