Guerra no Médio Oriente

"Estamos perante uma grande vitória": Hezbollah reage pela primeira vez ao acordo de tréguas no Líbano

O líder do movimento xiita declarou esta sexta-feira uma vitória divina contra Israel, maior que a vitória na guerra de 2006. O xeque Qassem diz que o Hezbollah sai de cabeça erguida. Promete cooperação total com o exército de Beirute destacado para controlar os bastiões do movimento, no sul do Líbano.

SIC Notícias

É a primeira reação oficial do Hezbollah ao acordo de tréguas com Israel. “Estamos perante uma grande vitória que ultrapassa a vitória de julho de 2006 pelas seguintes razões: a duração, a ferocidade da batalha e os grandes sacrifícios. Além disso, havia hordas de inimigos com todo o apoio americano e ocidental. Contudo, os combatentes da resistência conseguiram erguer-se como uma barreira inexpugnável e alcançar este feito”, disse o Xeque Qassem. 

O xeque Qassem diz que o Hezbollah sai de cabeça erguida. Promete cooperação total com o exército de Beirute destacado para controlar os bastiões do movimento, no sul do Líbano. Na região, e ao segundo dia de tréguas, as forças israelitas dizem que detetaram movimentos suspeitos e destruíram uma rampa móvel de lançamento de foguetes do Hezbollah.

Na área invadida em setembro, mantém-se o recolher obrigatório, e até à retirada total, Telavive proibiu a entrada das populações em sessenta povoações evacuadas. Sem restrições, no leste do país há milhares de pessoas de regresso a casa. Em Baalbek, o cenário é de devastação, e tal como outras famílias, a família Jawhari encontrou apenas memórias do lar destruído pelos bombardeamentos israelitas. 

“É de partir o coração. Uma dor de coração da qual não há maneira de recuperarmos”, dizem.

O primeiro-ministro de Israel reconhece a fragilidade das tréguas mas assume já que a prioridade é agora o cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza.

“Claro que sim, pode acontecer um cessar-fogo a qualquer momento, mas para o fim da guerra, não estou preparado, porque também temos de conseguir a eliminação do Hamas”, explica o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Em Gaza, o dia foi ainda de bombardeamentos, e de agravamento da situação humanitária para mais de dois milhões de pessoas. Na Cisjordânia, o Hamas reivindicou o atentado contra um autocarro e os disparos que feriram oito pessoas, algumas em estado grave. O atacante foi abatido pelas tropas israelitas.

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